Ao vivo: Cristina Silvestri, procuradora da Mulher na Alep, fala sobre o ‘Dia Estadual de Combate ao Feminicídio’

A deputada estadual Cristina Silvestri (Cidadania), procuradora da Mulher na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), será entrevistada às 11h30 desta quarta-feira (21/7) no Blog do Esmael. A parlamentar vai discorrer sobre o ‘Dia Estadual de Combate ao Feminicídio’, que será lembrado anualmente em 22 de julho.

Segundo a deputada, autora da Lei 19.873/2019, que estabelece o ‘Dia Estadual de Combate ao Feminicídio’, a data é alusiva à memória da advogada guarapuavana Tatiane Spitzner, morta pelo seu então marido, Luis Felipe Manvailer, condenado em 2021. A história dela se tornou um marco de combate ao crime.

“O tema é pertinente de discussão diária, porém, havia a necessidade de inclusão desta data no calendário oficial do Estado para que, em um dia específico do ano, as organizações, entidades, lideranças e população em geral centralizassem o discurso em torno desta tema”, explica Cristina.

Entrevista ao vivo [acione o lembrete]

Sinal Vermelho, foco em 2021

Neste ano, o ‘Dia Estadual de Combate ao Feminicídio’ terá como foco a divulgação do Sinal Vermelho (Lei 20.595/2021), também implantado no Paraná em 2021 por lei de autoria da deputada Cristina.

O Sinal Vermelho é uma ferramenta para denúncia de violência doméstica de maneira silenciosa. As mulheres podem pedir ajuda mostrando um “X” na mão em qualquer estabelecimento, além de farmácias. Quando alguém perceber o sinal, deve anotar o máximo de informações possíveis que identifiquem esta mulher e acionar o 190 imediatamente.

Economia

O Sinal Vermelho foi inicialmente uma campanha de conscientização, lançada pelo Conselho Nacional de Justiça e Associação dos Magistrados do Brasil no início da pandemia. Na época, as mulheres podiam mostrar o “X” vermelho na mão apenas em farmácias.

“Como a campanha funcionou, veio a necessidade de aumentar a campanha e torná-la lei, criando mais um mecanismo para mulheres pedirem ajuda”, disse Cristina Silvestri.

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Números do feminicídio no Paraná

– Em 2020, o Paraná registrou 73 feminicídios, o último e mais perigoso grau da violência doméstica. Antes disso, as vítimas passam por longos períodos de violência psicológica, moral, patrimonial, físicas e, muitas vezes, sexual.

Feminicídio no Brasil:

– 1.350 mulheres foram vítimas de feminicídio;
– 74% das vítimas tinham entre 18 e 44 anos (mulheres jovens);
– 61% eram negras;
– 81% foram mortas por ex-companheiros ou companheiros; e
– Brasil registrou um chamado de violência doméstica por minuto em 2020.

Feminicídio nos municípios

Guarapuava é um dos municípios do Paraná que não registrou nenhum caso de feminicídio em 2020, resultado de uma política integrada de enfrentamento que envolve toda a Rede de Proteção e articulação de políticas intensas da Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres.

As atividades de combate ao feminicídio no Paraná envolverão, de maneira simultânea, pelo menos 40 municípios. Cada um realizará ações que acharam pertinentes para a data, como passeatas, blitzes e distribuição de cartazes.

Em Guarapuava haverá panfletagem na Praça 9 de Dezembro, divulgando o Sinal Vermelho e canais de ajuda para mulheres; distribuição de cartazes no comércio do Centro; distribuição de cartazes nos condomínios e colocação de outdoors divulgando o X vermelho como forma de pedir ajuda.