CPI pode terminar em impeachment de Bolsonaro

  • Bolsonaro está na corda bamba. Se empurrar, ele cai.

A Associação Brasileira de Impressa (ABI) classificou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como um ‘perturbado, desvairado e enlouquecido’ e a entidade pediu a renúncia do mandatário após o surto, nesta segunda-feira (21/6), em que ele atacou a repórter Laurene Santos, da TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo.

De acordo com o cientista político e membro do Instituto de Advogados Brasileiros (IAB) Jorge Rubem Folena, o episódio ocorrido em Guaratinguetá, interior de São Paulo, revela sinais de desespero. Para ele, Bolsonaro está isolado, sem apoio político e popular, sustentado apenas pelos militares.

O que aconteceu ontem é o desespero do governo. Bolsonaro está prensado pela CPI da Covid e pelas manifestações, que começam a ganhar corpo, num movimento que se expande cada vez mais. Então ele está completamente isolado. Não tem respaldo popular nenhum, destacou Folena, nesta manhã, à agência brasileira de notícias Rede Brasil Atual (RBA).

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O presidente Bolsonaro lutou contra a instalação da CPI da Covid, em seu início, porque sabe que como começa a comissão de investigação, mas não se sabe como ela termina.

A intenção da CPI em seguir o dinheiro [follow the money] atormenta o Palácio do Planalto, que, agonizando, tenta reverter quebra de sigilos telemáticos e telefônicos de seus colaboradores e ex-colaboradores mais próximos, a exemplo do ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

A CPI já enxergou movimentação de dinheiro vivo –e grosso– entre os chamados membros do “gabinete paralelo” do Ministério da Saúde. Os senadores da comissão ainda rastreiam o dinheiro de laboratórios e empresas envolvidas na venda de cloroquina e vacinas, a exemplo do imunizante indiano Covaxin.

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No próximo dia 24 de julho, em todo o País, as ruas irão ferver novamente com manifestações pelo Fora Bolsonaro, impeachment já. O calendário foi consolidado nesta terça-feira (22/6) pela coordenação das frentes, partidos e movimentos sociais.

Há expectativa de que a terceira manifestação seja ainda maior que as anteriores (#29M e 19J). Inicialmente, estima-se ao menos 2 milhões de pessoas desfilando no asfalto em julho pela saída de Bolsonaro.

Bolsonaro está na corda bamba. Se empurrar, ele cai.