Boulos ganha apoio de Criolo e Emicida em São Paulo

O pré-candidato do PSOL a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos, ganhou novas adesões no setor cultural. Criolo e Emicida vão assinar o manifesto de apoio à chapa dele, com Erundina como vice. A informação é da jornalista Mônica Bergamo, na Folha.

Boulos, por sua vez, agradeceu aos dois rappers. “Que honra ter o apoio desses dois gigantes da periferia de São Paulo”, escreveu no Twitter o pré-candidato do PSOL.

Artistas como Caetano Veloso e Chico Buarque, intelectuais e personalidades historicamente ligadas ao PT também assinaram o manifesto.

Além do setor da cultura, os pré-candidatos do PSOL amassaram barro e gastam sola do sapato.

Boulos e Erundina têm percorrido a periferia paulistana na pré-campanha pela Prefeitura.

“Estive hoje com o Padre Ticão em Ermelino Matarazzo, zona leste de São Paulo, para uma conversa com referências da região. A periferia vai ser o centro”, disse o pré-candidato.

Economia

Guilherme Boulos repete como mantra que “o povo precisa ser ouvido”. “E tem muito a dizer”, emenda. “Estive no Itaim Paulista, na Zona Leste de SP, junto com Bruno Crispim. Ouvimos as mulheres guerreiras e as lideranças comunitárias da região. Juntos vamos virar o jogo em SP”, relatou.

Nessas incursões pela periferia, Erundina e Boulos têm descido a borracha no presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“O governo quer assinar lei que diminui o auxílio emergencial para o valor original: R$ 200”, registrou no Twitter. “Bolsonaro deputado recebia 4 mil por mês de auxilio moradia tendo casa. Guedes recebe 8 mil de auxílio moradia e alimentação como ministro. O que é maior: a crueldade ou a hipocrisia?”, questiona.

Antenado ao que acontece além de São Paulo, Guilherme Boulos também comenta acontecimentos que ocorreram em outras partes do País.

“Capitalismo em estado puro”, disse, ao referir-se a morte de um promotor de eventos dentro do Carrefour em Recife (PE).

“Ontem, Moisés, um promotor de vendas, infartou e morreu dentro de um Carrefour em Recife. Bloquearam o acesso visual ao corpo com tapumes e guarda-sóis e mantiveram a loja funcionando por 3 horas!”, criticou.

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Governo prorroga programa de ajuda a micro e pequenas empresas por 3 meses

A depressão econômica e o desaparecimento dos consumidores, que perdem empregos, obriga os empreendedores brasileiros a se humilharem na busca de crédito e o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de olho na reeleição, tenta tirar proveito político da situação. É assim que correm os dias nesse período de pandemia no Brasil.

O prazo para formalização de operações crédito no Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) foi prorrogado por três meses. Portaria estabelecendo a nova data de encerramento foi publicada hoje no Diário Oficial da União.

O prazo se encerraria hoje (19), mas o governo reconhece que “ainda há demanda de crédito por parte das microempresas e empresas de pequeno porte para manutenção de suas atividades econômicas”.

A portaria considera ainda a autorização concedida pelo Congresso Nacional, por meio da aprovação do Projeto de Lei de Conversão nº 28 de 2020, em fase de sanção, para que a União efetive aporte adicional de R$ 12 bilhões no Fundo de Garantia de Operações (FGO) destinados à concessão de garantias no âmbito do Pronampe.

Sancionada em maio, a Lei nº 13.999/2020 que criou o Pronampe abriu inicialmente crédito especial no valor de R$ 15,9 bilhões. O objetivo do programa é garantir recursos para os pequenos negócios e manter empregos durante a pandemia do novo coronavírus no país.

Com o Pronampe, o governo promete garantia para os empréstimos tomados por micro e pequenas empresas. Todas as instituições financeiras públicas e privadas estão aptas a operarem a linha de crédito.

Pelo texto, aprovado no fim de abril pelo Congresso, micro e pequenos empresários poderão pedir empréstimos de valor correspondente a até 30% de sua receita bruta obtida no ano de 2019.

Caso a empresa tenha menos de um ano de funcionamento, o limite do empréstimo será de até 50% do seu capital social ou até 30% da média de faturamento mensal apurado desde o início das atividades, o que for mais vantajoso.

Bolsonaro veta dinheiro da merenda escolar às crianças carentes, denuncia Gleisi Hoffmann

A deputada Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT, pelo Twitter, abriu fogo contra o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à distribuição do dinheiro da merenda escolar para as famílias de alunos carentes.

“Bolsonaro é irresponsável”, criticou a parlamentar petista. “Vetou o projeto do Congresso que distribuía o dinheiro da merenda escolar para famílias de alunos carentes”, denunciou.

Gleisi disse que a merenda escolar, na maioria das vezes, é a principal refeição das crianças. Sem aula, elas não comem e passam fome.

“Essa refeição é, em muitos casos, a mais importante que a criança tem no dia. É um governo medíocre!”, protestou Gleisi Hoffmann.

A presidenta nacional do PT acredita que, se houve juízo final um dia, Bolsonaro irá queimar direto no fogo do inferno.

A proposta aprovada pelo Congresso previa que os recursos financeiros recebidos para aquisição de merenda escolar fossem transferidos para pais e responsáveis dos estudantes durante a pandemia do novo coronavírus.

De acordo com o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), 10 parcelas mensais (de fevereiro a novembro) são destinados para a ajuda na alimentação de estudantes durante os 200 dias letivos. Essa verba sai do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Atualmente, diferente do projeto aprovado pelo Congresso, os alimentos são comprados com esse dinheiro e distribuídos para as famílias dos alunos nos municípios. Isso porque as escolas continuam fechadas.