Aras: “Acusação de ajuda da Abin a Flávio Bolsonaro é grave”

O procurador-geral da República, Augusto Aras, classificou nesta terça-feira (15) como “grave” a acusação de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) elaborou relatórios para orientar a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no caso das “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), mas ressaltou que faltam provas para confirmar o episódio.

“O fato em si narrado é grave, o que não temos são provas desses fatos, nós não trabalhamos com narrativas. Trabalhamos com fatos e provas”, disse Aras a jornalistas.

“Por enquanto temos fatos transmitidos pela imprensa, que levamos a sério. Mas precisamos ter elementos, não podemos trabalhar apenas com a informação. Por enquanto temos as narrativas, mas não temos as provas”, completou.

Aras também disse que esperava que os parlamentares que acionaram a PGR fornecessem esses elementos, mas observou as provas não vieram nessas representações.

“O MP vai ter de fazer a investigação. Vamos fazer perguntas aos órgãos competentes, ficamos à mercê dessas respostas”, afirmou.

“Sem os elementos ao menos indicados pela imprensa estaremos com dificuldade para fazer essas investigações, mas a imprensa contribuiria muito se fornecesse os elementos materiais”, acrescentou.

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Nesta terça-feira, Aras cobrou informações do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e da Abin sobre o caso.

Segundo reportagem da revista Época, da semana passada, a Abin produziu ao menos dois relatórios de orientação para Flávio Bolsonaro e seus advogados sobre o que deveria ser feito para obter os documentos que permitissem embasar um pedido de anulação do Caso Queiroz, que investiga as “rachadinhas” na Alerj. Além de embasar a defesa de Flávio, os relatórios ainda sugerem a substituição dos “postos” servidores da Receita Federal.

Com informações do Estadão