O presidente cessante Jair Bolsonaro (PL) sofreu severas transformações nos últimos tempos, tal qual o camaleão, que muda a cor da pele para confundir o predador. Até Deus duvida dessas mutações. Senão, vejamos.
Eleito, Bolsonaro prometeu duas questões na área da radiodifusão: 1- regular a mídia e 2- encerrar o oligopólio da Rede Globo.
O inquilino do Palácio do Planalto não cumpriu a promessa de que seria o “coveiro” da TV Globo. Pelo Contrário. Bolsonaro acabou o mandato com a fama de “tchutchuca” brocha do Centrão, grupo de parlamentares que realmente manda na bagaça.
[No apagar das luzes de 2022, Jair Bolsonaro ainda editou decreto renovando as concessões da Globo, Band e Record por mais 15 anos – enquanto alguns “patriotários” continuam em frente a quartéis gritando “Globo Lixo”.]
Sim, Jair disse que era “imbrochável” durante o desfile cívico-militar de 200 anos da Independência do Brasil no dia 7 de setembro.
Se a Globo caísse como discursou o mandatário, por óbvio, subiria como “TV oficial” do Palácio do Planalto a Rede Record cujo dono, bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, declarou apoio a Bolsonaro desde a primeira eleição. Certo? Errado.
Embora Bolsonaro levante plaquinhas xingando a emissora carioca de “Globo Lixo“, nunca os Marinho receberam tanta verba do governo federal quanto nas vésperas das eleições 2022.
É discurso descolado da prática.
Agora, na boca de urna, Bolsonaro mirando os eleitores indecisos aliviou a língua dizendo que se arrependeu da frase “não sou coveiro” durante a pandemia, que ceifou 685 mil vidas no País. O presidente disse que deu uma “aloprada” e “perdeu a linha” na discussão das vacinas, que ele era contra.
Aliás, por falar em coveiro, o presidente Jair Bolsonaro viaja na semana que vem para o funeral da rainha Elizabeth II, no Reino Unido, e depois dará uma esticadinha até Nova York, onde participa da abertura da Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.