A votação em 2º turno da diabólica reforma da previdência pelo plenário do Senado, nesta terça-feira (22), simbolicamente é o enterro da aposentadoria dos brasileiros.
O texto-base do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) foi aprovado na manhã de hoje, em sessão relâmpado, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.
O que pretendem os senadores ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) e ao ministro da Economia, Paulo Guedes? Transformar o Brasil num Chile, Argentina ou Equador, de acordo como senador Renan Calheiros (MDB-AL). Os três países quebrados pelo modelo neoliberal que privilegia os bancos e os ricos em detrimento do povo.
Dentre as diabólicas medidas da reforma da previdência estão:
– fixação de uma idade mínima (65 anos para homens e 62 anos para mulheres) para a aposentadoria;
– extinção da aposentadoria por tempo de contribuição;
– valor da aposentadoria a partir da média de todos os salários (em vez de permitir a exclusão das 20% menores contribuições);
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– elevação das alíquotas de contribuição para quem ganha acima do teto do INSS (hoje em R$ 5.839,00);
– regras de transição para os trabalhadores em atividade;
– cumprida a regra de idade, a aposentadoria será de 60% com o mínimo de 15 anos de contribuição; e
– aposentadoria com 100% só com 25 anos de contribuição para mulheres e 40 para homens.
Bolsonaro e Guedes querem confiscar a poupança previdenciária dos trabalhadores brasileiros para concentrar esse dinheiro, quase um trilhão de reais, nas mãos de meia dúzia de bancos privados.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.