Vem aí o “acordão” geral e irrestrito

Se discute um salve-todos às vésperas das festas do Bom Velhinho. Vem aí o “acordão” geral e irrestrito que beneficiaria os implicados na Lava Jato a estibordo e a bombordo.

Há dois tipos de acordões (por favor, não confundir com “acórdões”, que são decisões judiciais proferidas).

O primeiro visa gongar o ilegítimo Michel Temer (PMDB) até março de 2017 e, consequentemente, realizar eleições indiretas via Congresso. O nome do substituto também está em negociação entre os contendores de A a Zinco. Dois deles estão na mesa: Fernando Henrique Cardoso e Nelson Jobim.

O segundo tipo de acordão, do qual compactua o PCdoB, passaria pela preservação de Temer, como defendeu esta semana o governador do Maranhão Flávio Dino.

Em entrevista ao espanhol El País, Dino afirma que “não há saída que não Temer, mas transição tem que ser pactuada”.

Para o governador comunista, é fundamental um pacto nacional para que o governo Temer chegue até 2018, mas alerta que iniciativas como a reforma da Previdência podem desestabilizar ainda mais um país já conflagrado.

Economia

Por outro lado, tem posições como a do ex-ministro José Dirceu que advogada sem conciliações ou acordos.

“É agora ou nunca. Sem conciliações e acordos, é hora de um programa de mudanças radicais, na política e na economia”, escreveu da prisão “Daniel” (codinome de Dirceu nos tempos da ditadura militar).

Mas a linha que vai prevalecendo é a seguinte: quem dançou, dançou, quem não dançou não dança mais.

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