A comissão do impeachment rejeitou a perícia dos decretos presidenciais sobre as pedaladas fiscais, pois, segundo a defesa, isso afastaria a tese de crime de resposanbilidade da presidente eleita Dilma Rousseff.
O relator do colegiado, Antonio Anastasia (PSDB), acatou pedido da defesa de perícia no parecer do Tribunal de Contas da União (TCU), mas a maioria golpista no colegiado não quis pagar para ver.
A advogada Janaina Paschoal, da acusação, se posicionou contra a perícia do parecer do TCU. “É para atropelar o processo”, disse ela, lembrando que são 4 mil páginas.
O advogado Miguel Reale Junior também disse ser “desnecessária” a peritagem do parecer do TCU.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) informou que a defesa vai recorrer ao ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo, que também preside o processo do impeachment.
Sobre a reunião
A Comissão Especial do Impeachment ouve as primeiras testemunhas de acusação num contexto em que há um pedido de prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-PR), e de 30 senadores que se pronunciam contrários ao afastamento definitivo da presidente eleita Dilma Rousseff.
Na manhã desta quarta-feira (8), o colegiado começa tomando depoimentos do o procurador da República junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira, e do auditor do TCU Antonio Carlos Costa d’Ávila Carvalho.
Outras quatro testemunhas foram propostas pelos senadores pró-golpe de Estado:Rogério Jesus Alves Oliveira, Adriano Pereira de Paula e Otávio de Medeiros, pertencentes ao quadro de operação de crédito da Secretaria do Tesouro Nacional, e o ex-diretor do Banco do Brasil Jânio Macedo.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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