O governador Beto Richa (PSDB) retirou da pauta da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), na segunda-feira (3), a mensagem n!º 101/2014, que prorroga o mandato de diretores de escola até dezembro de 2015. O tucano se assustou depois dos embates desta quarta-feira (29) que culminaram com a queda da sessão por “falta de quórum”.
O plenário havia sido transformado em Comissão Geral, mas apenas 25 deputados registraram presença no painel eletrônico. Eram precisos metade mais um para validar a sessão, ou seja, 28 (clique aqui para relembrar).
Temendo o reteste da base no legislativo, Richa recuou do projeto que prorroga, mas manteve a suspensão temporária! da eleição em 2,1 mil escolas da rede pública do Paraná. “à‰ o maior ataque à democracia depois do fim da ditadura militar”, compara o deputado estadual eleito Requião Filho (PMDB).
O peemedebista atribui a retirada do projeto da pauta a mais uma vitória da comunidade escolar, mas vê a conquista da eleição direta para diretor sendo ameaçada. “Pode ser que não aconteça mais, por isso é fundamental que os educadores continuem mobilizados”, recomenda.
Se Richa “afrouxou o sutiã” em relação à pauta política, no caso a eleição de diretor, o mesmo não ocorreu com os projetos governamentais ligados à arrecadação. A sanha pelo dindin do governo do PSDB continua insaciável. Ele separou alhos de bugalhos, a matéria de política das de economia, para evitar novas surpresas e derrotadas no parlamento (clique aqui).
No desespero pela engorda do caixa do governo no final do ano, para pagar a folha e o 13!º salário, a base governista vai tentar votar “a avulso” — sem Comissão Geral — projetos como o que concede desconto de 10% para pagamento à vista do IPVA, que antecipa crédito de ICMS nas áreas de energia e transporte e que aperta o cerco a devedores(clique aqui).
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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