Renan Calheiros articula MDB no primeiro turno com Lula e PT

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) lidera esforço nacional do partido para apoiar a candidatura de Lula e o PT nas eleições deste ano.

Renan disse que respeita a pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS), no entanto, a correligionária tem zero de intenção de votos nas pesquisas presidenciais.

O parlamentar alagoano afirmou que procurará o presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (MDB-SP), com o intuito de iniciar a articulação pró-Lula e pró-PT.

Pesa a favor dessa articulação de Renan a boa relação de Lula e do PT com os caciques nacionais do MDB, a despeito de o partido ter apoiado o impeachment de Dilma Rousseff em 2016.

Durante sua visita a Brasília, no segundo semestre de 2021, Lula visitou o ex-presidente José Sarney (MDB-MA) e o ex-senador Edison Lobão (MDB-MA), Eunício Oliveira (MDB-CE), dentre outras lideranças emedebistas.

Repercussão do apoio emedebista ao PT

O ex-senador e ex-governador Roberto Requião (sem partido) deixou o MDB em agosto do ano passado depois de 40 anos de filiação. Ele tende se filiar no PT para concorrer ao Palácio Iguaçu.

Economia

Requião saiu do MDB porque a seção paranaense decidiu apoiar o governador Ratinho Junior (PSD) e, uma parte, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

A aproximação do MDB ao PT e a Lula pode significar uma reviravolta na legenda emedebista no Paraná.

Se o MDB se associar ao PT numa federação partidária, a exemplo do PSB, PCdoB e PV, a agremiação fica obrigada a apoiar no estado Requião. A legislação eleitoral verticalizou essa união por quatro anos.

Também há a possibilidade, mais crível, de o MDB apoiar Lula na majoritária e liberar o partido nos estados.