Mourão peita Bolsonaro e diz que governo irá comprar vacina da China

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), que é general do Exército, enquadrou o capitão Jair Bolsonaro nesta sexta-feira (30) ao afirmar que o governo federal irá comprar ‘sim’ a vacina chinesa Coronavac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.

General Mourão disse que a declaração de Bolsonaro, contrária à parceria com os chineses, seria uma briga política com o governador paulista João Doria (PSDB).

“Essa questão da vacina é briga política com o Doria. O governo vai comprar a vacina, lógico que vai. Já colocamos os recursos no Butantan para produzir essa vacina. O governo não vai fugir disso aí”, garantiu o vice-presidente numa entrevista à revista “Veja” publicada hoje.

Na semana passada, Bolsonaro iniciou uma ‘guerra contra a vacina’ após o ministro da Saúde, o também general Eduardo Pazuello, firmar acordo com o laboratório chinês Sinovac. O presidente determinou a suspensão da compra de 46 milhões de doses do antiviral após o anúncio, o que gerou uma crise entre governadores e capitão.

Mourão afirmou à Veja que a China é uma “potência global, que pratica um capitalismo de Estado” ao minimizar o comando do Partido Comunista.

“Agora, é partido único? É partido único. É um regime autoritário ditatorial? É um regime autoritário ditatorial. Mas é o regime deles. A gente tem de entender que a China nunca viveu sob um regime democrático, numa república como nós a entendemos”, analisou o vice-presidente.

Economia

Ou seja, o general Mourão enquadrou o capitão Bolsonaro.

Leia mais sobre a vacina chinesa

Datena tem faniquito ao vivo com vídeo do presidente Bolsonaro; assista

Após ‘piti’ de Bolsonaro, Anvisa autoriza Butantan a importar 6 milhões de doses da vacina chinesa

Bolsonaro diz que não tomará vacina chinesa contra a Covid-19

Dilma sobre veto de Bolsonaro à vacina chinesa: ‘Será responsável pelas mortes que vierem a ocorrer’

Governo anuncia compra de 46 milhões de doses da vacina chinesa CoronaVac

Flávio Dino diz que governadores vão ao Congresso e à Justiça para garantira acesso à vacina