Hacker invade celular de Sergio Moro e ciberataque dura seis horas

O celular do ministro da Justiça Sergio Moro foi invadido na terça-feira (4) por um hacker. A informação foi confirmada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.  O responsável pelo ciberataque usou aplicativos de mensagens de Moro por cerca de seis horas no dia de ontem, de acordo com informações da Folha de S. Paulo.

O ministro chegou a receber uma ligação por volta das 18h de ontem (terça) do seu próprio número, o que estranhou. Quando atendeu a chamada, ninguém respondeu do outro lado da linha.

Depois de receber a ligação, Moro foi informado de uma troca de mensagens pelo aplicativo Telegram. O hacker continuou usando os aplicativos do ministro até pelo menos 1h da manhã.

Como medida de segurança, Moro cancelou seu número de celular e a Polícia Federal começará a apurar o caso. O setor de tecnologia do Ministério da Justiça e Segurança Pública também foi acionado para investigar o ataque.

Não é a primeira vez que o celular de um ministro é hackeado. Durante o governo de Michel Temer, os ex-ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Carlos Marun (Secretaria de Governo) foram vítimas de golpes: estelionatários enviaram mensagens dos celulares dos ministros pedindo empréstimos.

O golpe foi aplicado em março de 2018 e, em seguida, o Banco do Brasil bloqueou a conta para onde seria depositado o dinheiro. Em julho daquele ano, duas pessoas foram presas suspeitas de estarem envolvidas no golpe.

Economia

O caso desta semana reacende o debate sobre a segurança cibernética do presidente Jair Bolsonaro, que se  recusa a utilizar o celular criptografado da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Uma das razões da recusa é que celulares com o sistema de segurança impossibilitam o download de redes sociais como oWhatsApp, plataforma usada pelo presidente para tratar de assuntos do governo.

*Com informações do Canaltech