O Palácio Iguaçu ao saber da influência do ex-presidente da Assembleia Legislativa, deputado federal Valdir Rossoni, do PSDB, na redação do jornal curitibano Gazeta do Povo, estuda reconsiderá-lo para a chefia da Casa Civil, no lugar de Eduardo Siarra, o homem dos pedágios.
Quem tem paúra com o slogan “Volta Rossoni” lançado hoje pela Gazetona são os deputados estaduais que preferem cruzar o diabo num sexta-feira 13 a topar com o ex-presidente da Casa. Um desses é o vice-capitão-do-mato Hussein Bakri, do PSC, da região de União da Vitória.
Comedido, Rossoni não passa recibo em público sobre tal influência no grupo RPC/Gazeta. Talvez o faça em privado diretamente ao governador Beto Richa.
Um deputado da bancada do camburão dizia hoje pela manhã nos corredores da Assembleia, com o Blog do Esmael aberto num tablet, que Rossoni estava com “dor-de-cotovelo” porque o sucessor dele na Casa, Ademar Traiano, chegara ao governo em poucos meses, feito que ele (Rossoni) não conseguiu em quatro anos.
Outro da tropa de choque do camburão também não perdoou o ex-presidente da Casa. Disse que Rossoni age mancomunado com o grupo RPC e Ministério Público, pois, segundo o parlamentar, a Gazeta não teria dado uma linha sequer sobre o processo que corre em segredo de Justiça e o MP esperou ele se elegesse deputado federal para remeter o processo ao STF. Assim, Rossoni mantém foro privilegiado.
O ressentimento dos deputados estaduais com o privilégio de Rossoni com o grupo RPC/Gazeta e Ministério Público é grande. Eles recordam que quando há indícios de alguma irregularidade, mesmo que em segredo de Justiça, os documentos são publicados contra Nelson Justus, Alexandre Curi, dentre outros.
Pelo sim pelo não o Palácio Iguaçu pensa mudar a Casa Civil em novembro. Se Rossoni/RPC/Gazeta terão fôlego para chegar lá é outra coisa. Mas essa disputa é típica de disputa em governo fraco, sem identidade, sem projeto, fim de feira mesmo.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.