Fracassa missão de Richa para prorrogar ‘pedágio mais caro do mundo’ nas rodovias do Paraná

“¡No pasarán!”: Senadora Gleisi Hoffmann (PT), ao Blog do Esmael, afirmou que é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que os contratos com as pedageiras serem prorrogados por mais 25 anos.
“¡No pasarán!”: Senadora Gleisi Hoffmann (PT), ao Blog do Esmael, afirmou que é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que os contratos com as pedageiras serem prorrogados por mais 25 anos.
Bateu na trave a missão do governo Beto Richa (PSDB) que foi negociar ontem (1º), em Brasília, a prorrogação dos contratos do ‘pedágio mais caro do mundo’ nas rodovias do Paraná.

O ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, disse à delegação paranaense liderada pela vice-governadora Cida Borghetti (PROS), o chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra (PSD), e o deputado Ricardo Barros (PP), que a delegação por mais 25 anos dependia da presidenta Dilma Rousseff.

O ministro jogou um balde de água fria no grupo pró-pedágio quando lembrou que a presidenta já tinha se manifestado contra a prorrogação dos contratos com as concessionárias.

No entanto, Rodrigues sugeriu a criação de um grupo de estudos, junto com a ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre), sobre os contratos e “simular” o que significaria uma prorrogação. O G7 (grupo das sete entidades do setor produtivo) e governo do estado participarão do grupo de acompanhamento.

Na verdade, o G7 rachou acerca da prorrogação do pedágio mais caro do mundo nas estradas do estado. A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) recusou-se a assinar carta de apoio à proposta articulada pelo Palácio Iguaçu.

Quem também disse não à dilatação foi o Sistema Ocepar, através da Fecoopar (Federação e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná), “devido ao elevado custo dos valores cobrados nas praças de pedágio, em comparação aos preços praticados nas novas concessões realizadas em rodovias de outros estados brasileiros”.

Economia

Em síntese, o ministro dos Transportes deu um recado duro à missão pedágio: “delegar para o Estado fazer sozinho a prorrogação, nem pensar”.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT), ex-ministra da Casa Civil, ao Blog do Esmael, afirmou ontem que é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que os contratos com as pedageiras serem prorrogados por mais 25 anos.

Segundo Gleisi, antes de qualquer conversa sobre prorrogação de contrato, o Tribunal de Contas de União (TCU) precisa explicar no Senado porque ainda não cobrou do governo do Paraná o cumprimento de um acórdão de 2012, que reduz o lucro das empresas, considerado exorbitantes, e baixar o preço dos pedágios.

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