Falha do TSE vitamina discurso bolsonarista contra a urna eletrônica

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) errou, falhou, na organização das eleições 2020. E não se resume apenas ao apagão na apuração deste domingo (15).

O primeiro grande erro do TSE, na opinião do Blog do Esmael, foi o tribunal se associar à velha mídia golpista para supostamente coibir as fake news. O presidente da corte eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, tomou emprestado dos jornalões suas agências verificação de notícias falsas –as “fact-checking”.

Seria chover no molhado discorrer sobre a participação dos veículos de comunicação em todos os golpes de Estado havido no Brasil. Só para citar alguns:

  • Suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, que adiou o golpe por 10 anos;
  • Golpe militar de 1964, que enfiou a nação nas trevas até 1984;
  • Manipulação do debate Collor x Lula nas primeiras eleições presidenciais, em 1989;
  • Golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, em 2016;
  • Participação efetiva da mídia, em conluio com a Lava Jato, para prender Lula e tirá-lo da disputa eleitoral de 2018; e
  • A eleição de Jair Bolsonaro, em 2018.

Barbeiragem do TSE na apuração

A falha na apuração do TSE no domingo tem cheiro de barbeiragem administrativa. Quem é da área de TI (Tecnologia da Informática) não enxerga, ao menos de fora, ataques externos tipo ‘ddos’ –fáceis de serem repelidos.

O TSE afirma que houve uma operação coordenada e planejada para ser executada no dia das eleições com o objetivo de desacreditar a Justiça Eleitoral e eventualmente alegar fraude no resultado desfavorável a certos candidatos, porém, até agora, a Egrégia Corte não apresentou provas disso.

É mais crível que o erro foi do próprio TSE, que centralizou a totalização em Brasília, o que atrasou a apuração nos estados.

Economia

Falha do TSE legitima discurso de “fraude” dos bolsonaristas

Nós estamos seguros de que as urnas eletrônicas brasileiras são seguras e os partidos políticos também têm essa certeza, logo o questionamento de que os equipamentos são violáveis são restritos aos bolsonaristas e à extrema direita.

Não temos responsabilidades com os bolsonaristas, quem os pariu que os embale. Portanto, continuaremos retratando a realidade factual.

A extrema direita bolsonarista faz uma campanha sistemática contra as urnas eletrônicas para voltar o voto em papel.

A centralização da apuração sem observar o reforço da infraestrutura –servidores parrudos– foi outro um erro da gestão atual do TSE. Tal derrapada da corte vitamina e legitima a conversa fiada de fraude.

Fraude eleitoral

A fraude, caro eleitor, ocorre antes da eleição. É quando as fake news –agora monopolizadas pelas corporações de mídia– alteram a vontade do eleitor. É aí que mora o perigo e é aí, na concepção do Blog do Esmael, que está a maior vigarice.

Seria um escândalo em qualquer parte do mundo, até em países cujas instituições ainda são frágeis, um Tribunal Superior Eleitoral se associar com os barões da velha mídia para ditar o que é “verdade” e o que é “mentira”.

A situação criada pelo TSE, em que os veículos de comunicação têm peso na gestão eleitoral, é sui generis no planeta.

Coitada da democracia. Pobre Brasil.

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