Curitiba é o assunto mais comentado nas redes sociais: pedido da presidente da FAS causa vergonha nacional

A cidade de Curitiba amanheceu sob os holofotes das redes sociais nesta quinta-feira, 24 de agosto, após a divulgação de um áudio vazado da presidente da Fundação de Ação Social (FAS), Maria Alice Erthal.

No áudio, a presidente sugere que a Guarda Municipal atue de forma a “causar medo” nos moradores de rua que habitam as imediações da Rodoferroviária de Curitiba.

O episódio gerou uma onda de indignação e debates online, colocando em evidência as práticas de gestão municipal e levantando questões sobre a violação dos direitos humanos fundamentais.

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A controvérsia teve início quando o áudio em questão foi divulgado pelo grupo denominado Ação Conjunta Matriz e ganhou visibilidade no microblog X, antigo Twitter.

Na mensagem, a presidente Maria Alice Erthal expressou sua insatisfação com a presença de moradores de rua nas ruas da cidade, especialmente nas áreas próximas à antiga rodoviária.

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Ela faz um pedido explícito para que a Guarda Municipal intervenha e, nas palavras dela, “comece a ficar com um pouquinho de medo”, como forma de intimidar os moradores em situação de rua.

A deputada estadual Carol Dartora (PT) foi uma das primeiras vozes a se manifestar nas redes sociais, questionando a postura da dirigente e a abordagem adotada pela prefeitura.

Ela enfatizou a importância de se questionar o foco do governo municipal, perguntando se a prioridade deveria ser a limpeza das ruas ou o bem-estar e direitos das pessoas em situação de vulnerabilidade.

Diante da polêmica, a assessoria da FAS emitiu uma nota oficial destacando a importância das ações de assistência social em relação à população em situação de rua.

A nota afirmou que a abordagem social é uma prioridade, sendo realizada por educadores sociais que interagem com os moradores de rua, fornecendo informações sobre serviços disponíveis, como abrigos com alojamento, higiene e refeições.

A FAS ressaltou que todas as ações são realizadas com o consentimento dos moradores em situação de rua e buscam sua reintegração social e familiar.

Entretanto, o áudio vazado trouxe à tona preocupações sobre os métodos empregados pela prefeitura para lidar com a questão dos moradores de rua.

A sugestão de “causar medo” como estratégia levantou críticas quanto ao respeito aos direitos humanos e à dignidade dessas pessoas.

A situação é agravada pelo histórico de controvérsias em torno da gestão municipal de Curitiba em relação à população em situação de rua.

Além disso, a própria nota da FAS revela a violência enfrentada pelas equipes de abordagem social no desempenho de suas funções.

A menção de incidentes em que educadores sociais foram agredidos reforça a complexidade do cenário e a necessidade de abordagens mais humanitárias e eficazes para lidar com as questões sociais.

Em um momento em que a discussão sobre direitos humanos e inclusão social ganha cada vez mais relevância, o caso envolvendo a presidente da FAS e a abordagem da prefeitura aos moradores de rua expõe não apenas os desafios locais, mas também levanta reflexões sobre o tratamento de grupos marginalizados em âmbito nacional.

A repercussão nas redes sociais reflete a preocupação generalizada com a dignidade e os direitos de todos os cidadãos, independentemente de sua condição social.

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