Coreia do Norte, com 21 mortes, sofre com onda de febre

21 pessoas morreram de febre na Coreia do Norte na sexta-feira (13/05). Isso ocorre dias depois que o país registrou seu primeiro caso oficial de coronavírus.

A informação é da mídia estatal norte-coreana KCNA e da agência de notícias Reuters vem a público depois de mais de dois anos do início da pandemia no mundo.

Não está confirmado que a causa das 21 mortes seja realmente o coronavírus.

Na sexta-feira, a KCNA confirmou que uma morte por coronavírus havia sido registrada no país.

A KCNA informa que 280.810 pessoas com sintomas de coronavírus estão recebendo tratamento. Um total de 27 pessoas morreram depois que uma condição febril de origem desconhecida se espalhou desde o final de abril.

As mortes são descritas como sendo causadas por ‘ignorância’ e ‘uso excessivo de medicamentos’, de acordo com a agência de notícias sueca TT.

Economia

O líder do país, Kim Jong-un, diz que o surto é um ‘grande desastre’, mas que o país pode passar pela crise.

Kim Jong-un diz que a Coreia do Norte pode aprender com a experiência da China no combate à epidemia.

Segundo a KCNA, o dirigente diz ainda que a crise é causada pela incompetência e irresponsabilidade das organizações partidárias e pela sua preparação para epidemias.

Portanto, de acordo com Kim Jong-un, um esforço deve ser feito para impedir a propagação do vírus o mais rápido possível.

Segundo a agência de notícias AFP, só na sexta-feira foram encontrados 174.440 novos casos de febre.

Especialistas dizem, segundo a AFP, que o sistema de saúde da Coreia do Norte é um dos piores do mundo.

O sistema de saúde do país carece de medicamentos e equipamentos básicos, relata a agência de notícias.

Uma paralisação nacional foi anunciada, inspirada na que a China usou durante a pandemia.

– Devemos aprender com a experiência e os resultados bem-sucedidos do Partido Comunista Chinês e do povo chinês – disse Kim Jong-un.

A China, que ainda tem como meta zero casos de coronavírus, está atualmente lutando com vários surtos da variante de coronavírus ômicron. Algumas cidades, incluindo Xangai, estão sujeitas a restrições que obrigam os cidadãos a ficar em casa.

A Coreia do Norte já havia rejeitado ofertas para receber vacinas da China e da Organização Mundial da Saúde OMS.