Ciro Nogueira ficou com ciúmes da aliança entre Lula e Alckmin para as eleições de 2022

Ciúme de homem com homem é pior coisa que existe, dizem experientes congressistas e dirigentes partidários. Vide o caso do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), outrora aliado do ex-presidente Lula, enciumado com a aliança do petista com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, prestes a se filiar no PSB (Partido Socialista Brasileiro).

Despeitado, Nogueira disse que a composição entre Lula e Alckmin é igual o cruzamento de um porco espinho com uma capivara.

“(A união entre Lula e Alckmin) é igual o cruzamento de um porco espinho com uma capivara. Não sei o que vai acontecer. Não vejo como um eleitorado, porque o eleitorado para presidente da República não é um eleitorado que soma dois e dois. São trajetórias distintas, eleitores que têm um pensamento muito diverso e eu não vejo muita chance de ter um sucesso eleitoral que possa ter resultado na eleição”, anotou o Valor Econômico.

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O ministro da Casa Civil, prócer do Centrão, contrariando as pesquisas de intenção de votos, prevê que seu chefe —o presidente Jair Bolsonaro (PL)— vencerá as eleições do ano que vem. Ele arrisca que Lula terá de esconder a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) durante a campanha.

“O que está acontecendo hoje no país é que o Lula que nós estamos vendo hoje é uma ilusão de ótica. Não é esse Lula que vai para a campanha, não é esse Lula bonzinho. Ele vai ter que fazer campanha com pessoas que têm uma rejeição muito grande no país. Ele está tentando esconder a foto dele com a Dilma, ele está tentando se aproximar de outras situações. Mas o Lula da campanha, que vai governar, é o Lula da Dilma, do Zé Dirceu, do Lindinho, da Gleisi”, disse, ressentido.

Agourento, Ciro Nogueira afirmou que dificilmente o entendimento eleitoral entre Alckmin e Lula terá sucesso nas eleições de 2022.

Economia

“Até porque na história do Brasil nunca se deixou de reeleger um presidente. Existe um sentimento nas pessoas de que a reeleição é praticamente um direito do governante”, finalizou o ciumento ministro da Casa Civil, que, até recentemente, se dizia apaixonado por Lula e o PT.