Ciro e Amoedo pedem ‘Fora Bolsonaro’ em debate na GloboNews

Os ex-candidatos à Presidência Ciro Gomes (PDT) e João Amoêdo (NOVO), em debate na GloboNews, na noite deste sábado (2), foram uníssonos ao defenderem o ‘Fora Bolsonaro’.

Ambos os entrevistados chegaram ao consenso de que Bolsonaro não tem a menor condições de concluir o mandato.

“Se ele realmente respeita a democracia, então deve renunciar ao cargo para não precisarmos de um desgastante processo de impeachment”, disse Amôedo.

Amoêdo é de direita e Ciro de centro-esquerda. Eles também afinaram a viola nas críticas ao PT e Lula, mas desafinaram em relação à economia e ao ex-ministro Sérgio Moro.

Para Ciro, Moro é um bandido que se corrompeu quando tirou o petista da disputa presidencial, facilitou a vitória de Jair Bolsonaro e –como prêmio– ganhou o cargo de ministro da Justiça.

A GloboNews também entrevista nesta noite o líder do governo na Câmara, Victor Hugo (PSL-GO), e o ex-candidato a presidente pelo PT Fernando Haddad.

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Moro x Bolsonaro é só ‘mimimi’ e nada de concreto

O ex-ministro Sérgio Moro quer transformar sua saída do governo Jair Bolsonaro uma longa e chata novela. Neste sábado (2), em Curitiba, ele deu início ao périplo que tem ‘mimimi’ de sobra e nada de concreto que possa levar à nocaute o presidente da República.

Nós, os paranaenses, já estamos escolados com esse modelo de político. Entre 2016 e 2018, por exemplo, o irmão do senador Alvaro Dias (PODE), o Osmar, ficou dois anos dizendo que havia sido “traído” pelo então governador Beto Richa (PSDB). O tucano, por sua vez, dizia o mesmo, que fora “chifrado” pelo ex-amigo.

A lengalenga entre Richa e Osmar Dias se estendeu até as convenções partidárias de 2018, quando, para surpresa geral, o irmão de Alvaro não concorreu ao governo do Paraná, bagunçou o palanque de Roberto Requião (MDB), e deu a vitória para Ratinho Junior (PSD), aliado de primeira hora do ex-governador tucano.

A escola de Moro é a mesma de Osmar e Alvaro Dias, portanto.

Dito isso, a tendência é que Bolsonaro e Moro fiquem trocando adjetivos em público. Traíra daqui, traíra dali, mas devem ficar mesmo no ‘mimimi’ de sempre. Até porque eles não têm diferença no pensamento sobre economia [se é que pensam alguma coisa]. Ambos só querem se dar bem e defendem ferrar os trabalhadores. Para isso contam com o apoio da velha mídia.

Essa novela chatíssima –Moro x Bolsonaro– pode terminar somente em julho de 2022. O tempo nesse caso é desfavorável ao ex-juiz da Lava Jato, que, pelo retrospecto da história, é candidatíssimo a “Joaquim Barbosa”, que, de herói, caiu no ostracismo absoluto.

TRF-3 suspende decisão que obrigava Bolsonaro a entregar exames de coronavírus

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) suspendeu a ordem que obrigava a Advocacia Geral da União (AGU) a entregar até este sábado (2) os laudos dos exames do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para o coronavírus.

A desembargadora Monica Nobre, que estava no plantão, atendeu a um recurso da AGU e fixou um prazo de cinco dias para que o caso seja analisado e ocorra uma definição sobre a entrega ou não dos exames.

Na quinta-feira (30), a juíza federal Ana Lúcia Petri Betto, da 14ª Vara Cível Federal de São Paulo, determinou que a AGU forneça os laudos de todos os exames feitos pelo presidente para coronavírus. A magistrada considerou que o relatório médico de Bolsonaro apresentado pela AGU na semana passada “não atendia de forma integral à determinação judicial” que deu acesso ao jornal O Estado de S. Paulo aos laudos dos exames do presidente para a Covid-19.

Ao TRF-3, a AGU argumentou que não existe obrigação legal de fornecer os referidos exames. “A própria Lei de Acesso à Informação, utilizada como fundamento para pedir os laudos, é expressa em estabelecer que a utilização de informações pessoas deve respeitar a intimidade e a privacidade e depende do consentimento do interessado”, argumentou a defesa do presidente.