Bolsonaro planeja novo aumento de preços nos combustíveis

O presidente cessante Jair Bolsonaro (PL) planeja um novo aumento no preço dos combustíveis. O anúncio poderá ser feito ainda nesta sexta-feira (17/06) pela diretoria executiva da Petrobras.

Apesar do discurso contra os preços abusivos dos combustíveis, Bolsonaro manteve a política de preço de paridade internacional (PPI) na estatal petrolífero, qual seja, a dolarização dos derivados que penalizam os consumidores brasileiros.

A tese é que a gasolina está há quase cem dias com o preço congelado nas refinarias da Petrobras enquanto o diesel teve o preço elevado pela última vez há 36 dias. A pressão é pelo aumento linear de ao menos 20% no preço dos combustíveis.

Bolsonaro adotou a política do “laissez-faire” [deixe fazer] na Petrobras cujo controle acionário pertence à União, que teria como criar mecanismos para vetar esses diabólicos aumentos.

Em público, o inquilino do Palácio do Planalto e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), atacam a estatal, mas em privado eles concordam com a política de preços que beneficiam acionistas e especuladores – em detrimento dos consumidores de gasolina, etanol, diesel e gás de cozinha.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Natal (RN), disse na noite desta quinta-feira (16/06) que o pobre não pode pagar R$ 150 pelo botijão de gás.

Economia

– O gás de cozinha deve ser um elemento da cesta básica. O povo pobre não pode pagar R$ 150 num botijão. E quando não pode pagar, também não pode cozinhar com querosene e lenha. Esse país tem muita riqueza e não precisa disso – afirmou o petista, que lidera as pesquisas de intenção de votos.

A tática de Bolsonaro e ir empurrando essa situação com a barriga, criando factóides, mas mantendo a PPI que sangra a economia dos brasileiros e faz disparar a inflação, que come parte significativa do salário do trabalhador.

Como se resolve isso? Mundando o governo.

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