Bolsonaro não tem votos para a reforma da previdência

Daqui a pouco, às 9h30, a comissão especial da reforma da previdência terá conhecimento do relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). O problema é que nos bastidores se fala que o presidente Jair Bolsonaro (PSL), preposto de bancos e da velha mídia, não tem os 308 votos necessários para aprovar a PEC 6/19.

A reunião para apresentação do parecer de Moreira está marcada para esta quinta-feira (13) às 9h30. O Blog do Esmael vai transmitir ao vivo a sessão.

O texto que será lido hoje retira estados e municípios da reforma da previdência, elimina a capitalização e as medidas relativas aos benefícios continuados, bem como relativo à aposentadoria rural.

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A proposta de Bolsonaro também estipula idade mínima de 57 anos para aposentadoria de professora na educação de todos os níveis.

Veja alguns pontos que serão mudados pelo relator:

Economia

* Regime de capitalização das aposentadorias

* Desconstitucionalização da previdência social

* Aposentadoria rural

* BPC (benefício de prestação continuada)

* Retirada de estados e municípios da reforma

* Aposentadoria de professoras aos 57 anos

O relatório da aposentadoria será apresentado na véspera da Greve Geral desta sexta-feira (14) convocada justamente contra a reforma da previdência em sua totalidade. Todas as centrais sindicais e entidades ligadas à educação e transporte prometem parar contra o fim da aposentadoria.

O movimento grevista coincide com incertezas políticas e econômicas, pois esta semana o país foi abalado pelas denúncias do site Intercept segundo as quais a Lava Jato teria forjado situações para incriminar o ex-presidente Lula e adversário políticos e ideológicos do ex-juiz Sérgio Moro e do procurador Deltan Dallagnol. Também veio à tona nas conversas secretas vazadas a intenção da força-tarefa “limpar” o Congresso Nacional –o mesmo escalado para votar a reforma da previdência– prendendo deputados e senadores.

Resumo da ópera: a presença do ministro da Justiça, Sérgio Moro, é ponto negativo e de desconfiança entre os parlamentares que não garante os 398 votos necessário à aprovação da reforma da previdência.