Em São Gonçalo, no Rio, ainda aguarda pelo #auxiloemergencial relativo à COVID-19

Na última quinta-feira (9), a chapa esquentou no centro de São Gonçalo, município do Grande Rio, no primeiro dia do pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores informais e desempregados.

A chapa esquentou no centro de São Gonçalo, município do Grande Rio, nesta quinta-feira (9), no primeiro dia do pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores informais e desempregados.

Longas filas e informações desencontradas nas agências da Caixa Econômica Federal (CEF) azedaram o humor de centenas de populares que se aglomeravam na tentativa de acessar os recursos. Além disso, informais que precisavam regularizar o CPF para ter acesso ao auxílio emergencial faziam fila no entorno da unidade da Receita Federal da cidade, transformando o centro de São Gonçalo num caldeirão de tensões e raiva.

No final da manhã, a confusão transbordou, com a queima de objetos nas ruas e protestos de populares mais revoltados. A polícia precisou intervir com a sua habitual truculência para conter os ânimos.

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Já no bairro de Alcântara, também em São Gonçalo, a Guarda Municipal e a fiscalização de posturas foram recebidos com protestos por camelôs que queriam continuar trabalhando. Eles arremessaram caixotes e pedaços de madeira nos agentes.

Os episódios em São Gonçalo ocorrem meio à pandemia da Covid-19, revelando o descaso do governo Bolsonaro que não preparou as agências do governo para enfrentar as demandas da população em busca de informações e de apoio durante a crise sanitária e econômica em curso.

Dificuldades para recebimento levam #auxiloemergencial ao topo do Twitter
Muitos trabalhadores informais, MEIs e famílias carentes vêm enfrentando uma série de dificuldades para sacarem o benefício emergencial de R$ 600,00. Os entraves levaram o #auxiloemergencial ao topo do Twitter nesta terça-feira (14).

As reclamações são de que a solicitação fica vários dias em análise, além dos que tem o CPF em situação irregular, falta de dados ou dados incompatíveis. Isso sem falar na dificuldade de operação das pessoas com baixa escolaridade, os chamados “analfabetos digitais”.

Parece que o governo Bolsonaro não percebeu que, muitas vezes, as pessoas que mais necessitam são as que tem muita dificuldade para formalizar o pedido e receber o benefício. Ou o governo percebeu e está dificultando o acesso de propósito.

Confira alguns tuítes:

O deputado Enio Verri (PT) escreveu: “Graças à oposição, o valor do #AuxiloEmergencial chegou a R$ 600. Bolsonaro propôs R$ 200. Agora, com sua infame crueldade, Bolsonaro escalona o pagamento por ordem de nascimento, de 26/04 até 29/05. A mortandade será ainda mais que a prevista. #ToComSddsDe um presidente decente.”

A deputada Fernanda Melchionna (PSOL) tuitou: “As pessoas estão ainda tendo que escolher entre contrair coronavírus e morrer de fome. Para muitos já chega a quase 15 dias de espera. Imagine se o auxílio não fosse emergencial. #auxiloemergencial.”

Bolsonaro fez de tudo para não pagar esse auxílio. Para ele, a pandemia é só uma gripezinha e esses trabalhadores deveriam estar nas ruas atrás do próprio sustento.