O Movimento Brasil Livre, MBL, já não é mais o mesmo. Ícone da direita think tank* que aportou no País desde 2013, no impeachment da presidenta Dilma Rousseff, em 2016, parece ter abandonado as ruas e se tornado mais pelego.
Antes de mais nada um esclarecimento: pelego, de acordo com o dicionário, é uma pele de lã que fica entre o cavalo e o cavaleiro para evitar o atrito excessivo.
Dito isto, sem o vereador Carlos Bolsonaro, o Carluxo, nas redes sociais, o MBL ficou como um biruta de aeroporto. Dia é Maria e de noite é João. Ora, aplaude de pé o ex-senador Roberto Requião (MDB-PR), ora transa em público com o ex-presidente Michel Temer (MDB), um dos responsáveis pela desgraceira neste País.
Temer disse que o MBL, nessa fase mais pelega, poderia tranquilizar o Brasil.
“O MBL poderia, com essa juventude toda, com natural entusiasmo, encabeçar um movimento pela tranquilização do país”, afirmou o ex-presidente neste sábado (16) durante o 5º Congresso Nacional do Movimento Brasil Livre.
Temer também criticou o ex-presidente Lula, solto no dia 8 de novembro, por seu discurso “radicalizado” que busca a polarização política.
“Eu lamento muito que o ex-presidente Lula tenha se manifestado, nesses dias, aumentando essa radicalização ou, ainda, essa polarização [no País]”, disparou o emedebista, que igualmente foi preso pela Lava Jato em duas curtas ocasiões.
*Think tank: são redes neoliberais discretamente financiados pelo Departamento de Estado e o National Endowment for Democracy (Fundação Nacional para a Democracia – NED), braço crucial do soft power norte-americano.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.