Imprensa francesa repercute incêndios na Amazônia

A imprensa francesa repercute as notícias sobre as queimadas na Amazônia. Jornais, sites, rádios e televisões destacam o assunto e a reação do presidente Jair Bolsonaro que culpa as ONGs pelo incidente.

“No Brasil, os incêndios devastam a Floresta Amazônica” é a manchete do site da FranceInfo. “O pulmão do planeta tomado pela fumaça”, diz a matéria, acompanhado por um vídeo que mostra a vegetação em chamas.

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A FranceInfo ressalta que o presidente Jair Bolsonaro acusa as ONGs de terem incendiado a floresta para “chamar atenção” contra seu governo. A matéria também destaca que devido às secas e ao desmatamento, as queimadas tiveram um aumento de 83% no Brasil.

A emissora BFM TV salienta que as chamas atingem os Estados do Amazonas, Rondônia e Roraima, no norte, mas também o Mato Grosso, no centro-oeste. “Esses incêndios são principalmente provocados para transformar as áreas de florestas em zonas de plantação ou criação de animais. A prática é proibida neste período do ano e, ainda assim, é muito utilizada”, diz a matéria.

Economia

O jornal Le Monde fala sobre a chegada da fumaça dos incêndios até São Paulo, deixando a metrópole no escuro nesta semana. “Nas redes sociais, os cidadãos estão alarmados com a situação e utilizam a hashtag #prayforamazonia, denunciando as políticas do presidente Jair Bolsonaro”, publica.

Bolsonaro no alvo das críticas
“O incêndio na Amazônia resulta em uma tempestade anti-Bolsonaro”, afirma o site do L’OBS. Segundo a matéria, o presidente é o alvo de uma avalanche de críticas de cientistas, ONGs e povos indígenas, além da opinião pública.

L’OBS também destaca a reação do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, segundo o qual “todas as estratégias contra o desmatamento continuam a ser aplicadas”. Entretanto, segundo ele, as políticas estão “entravadas pela crise econômica e os cortes nos orçamentos”.

O site do canal France 24 afirma que desde que Bolsonaro chegou à presidência, ele mostra uma clara preferência para explorar ao invés de preservar a Amazônia. “Enquanto os governos antigos conseguiram diminuir o desmatamento graças a controles e multas, o atual desfaz esses avanços”, afirma.

As informações são da RFI.