O teatro de três minutos que foi a reunião do diretório nacional do PMDB, ontem (29), em Brasília, possibilitou os solitários desembarques do governo do vice-presidente da República, Michel Temer, e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, em mensagem pelo Twitter, disse que ela e os outros cinco correligionários se licenciarão da legenda em “respeito à decisão aprovada”.
Entretanto, os seis ministros peemedebistas se mostram dispostos continuar em seus respectivos cargos. O partido ocupa as seguintes pastas: Ciências e Tecnologia, Aviação Civil, Minas e Energia, Agricultura, Saúde e Portos.
Na reunião que decidiria pelo “rompimento”, a claque peemedebista gritara ontem a palavra de ordem errada — “Fora, PT” — quando deveria ter bradado “Fora, PMDB” do governo.
24 horas depois do teatro, o senador Roberto Requião acusou Temer de aplicar golpe no PMDB. Segundo o parlamentar paranaense, não tinha quórum para deliberar a saída do governo Dilma. “Só conferir nos vídeos”, sugeriu.
A saída do núcleo golpista do governo abriu espaço, no PMDB, para a outra metade da legenda que vinha sendo sufocada pela fome de leão, por cargos, da dupla Cunha-Temer.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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