O pequenino PCdoB virou tema central da campanha no segundo turno em Curitiba. O candidato à Prefeitura pelo PMN, Rafael Greca, distribuiu panfletos “apócrifos” acusando o adversário Ney Leprevost, do PSD, de aliar-se aos “comunistas” Lacoste.
O PCdoB, de Ricardo Gomyde, optou desde o primeiro turno marchar com Leprevost em detrimento aos históricos aliados PMDB e PT.
Greca tenta explorar as contradições do adversário do PSD, que, no programa eleitoral, exalta a Lava Jato e o juiz Sérgio Moro — de quem diz ser amigo desde criancinha.
Ex-prefeito, Greca também tem suas esquisitices na aliança. Uma delas é o apoio do governador Beto Richa, do PSDB, que no frigir dos ovos, é muito mais pesado de carregar que inofensivo PCdoB.
O candidato do PMN, até agora, escondeu o governador tucano de sua campanha. Apenas a primeira-dama, Fernanda Richa, apareceu no horário eleitoral falando de “ação social”.
Com um viés populista de direita, Greca tenta colar a ocupação de 800 escolas e a greve de professores no Paraná em Ney, que se esquiva, mas, indiretamente, ainda pode ser beneficiado por esse eleitorado que pende mais à centro-esquerda, porém, não tem representante nesta etapa da eleição.
Greca atribui ao PCdoB a ocupação e a greve nos servidores públicas, mas, na real, a legenda vermelha tem influência reduzida nas ocupações de escolas, que são plurais, e tem influência muito pequena entre os educadores.
Nesta quinta (20), panfletos que ligam o PCdoB, Lula e Dilma a Ney foram apreendidos no bairro Santa Felicidade, área de turismo gastronômico.
O diabo é que Ney Leprevost também é um candidato que se diz da “direita democrática”, no entanto, nunca flertou com o PT — como insinuam os panfletos apreendidos.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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