A Globo continua na retaguarda do ex-juiz Sérgio Moro, que, por meio da empresa do comunicação dos Marinho, respondeu o procurador-geral da República, Augusto Aras, acerca dos abusos e ilegalidades da força-tarefa Lava Jato.
“A Lava Jato foi construída em todas as instâncias, inclusive no Supremo Tribunal Federal (STF)”, afirmou Moro à jornalista Andreia Sadi, da GloboNews e G1.
Aras bateu pesado no que ele classificou como “lavajatismo” e denunciou a existência segredos em uma “caixa preta” no Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR). Ele participou de uma transmissão online, nesta terça-feira (28), promovida pelo Grupo Prorrogativas.
A Lava Jato foi conduzida pelo ex-juiz Sérgio Moro e, desde a semana passada, a PGR (Procuradoria-Geral da República) faz uma devassa na força-tarefa de Curitiba. Procuradores leais a Aras buscam dados que a “República de Curitiba” se negou a compartilhar com Brasília. Foi preciso uma reclamação constitucional no STF para que as “caixas pretas” fossem abertas.
Na liminar concedida à PGR, o ministro Dias Toffoli, presidente do STF, concordou com Aras segundo qual a Lava Jato não é uma força-tarefa autônoma, com vontade própria, e que está sujeita ao império da Constituição Federal.
Pré-candidato à Presidência da República, o ex-juiz Sérgio Moro tenta se viabilizar para a eleição de 2022. No entanto, ele não tem partido, cargo ou palanque para chegar até lá.
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Augusto Aras abre fogo contra a Lava Jato durante transmissão online
Deu ruim para a força-tarefa Lava Jato. Durante uma transmissão online no site Brasil 247, o procurador-geral da República Augusto Aras bateu pesado no que ele classificou como “lavajatismo” e denunciou a existência segredos em uma “caixa preta” no Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR).
Augusto Aras disse que nesta terça-feira (27), no evento promovido pelo Grupo Prorrogativas, que é hora de ‘corrigir rumos’ para que o ‘lavajatismo não perdure’. O PGR afirmou que há outro modelo de combate à corrupção.
Para Aras, com o fim do lavajatismo, a “correção de rumos não significa redução do empenho no combate à corrupção”.
“Agora é a hora de corrigir os rumos para que o lavajatismo não perdure. Mas a correção de rumos não significa redução do empenho no combate à corrupção. Contrariamente a isso, o que nós temos aqui na casa é o pensamento de buscar fortalecer a investigação científica e, acima de tudo, visando respeitar direitos e garantias fundamentais”, disse o procurador-geral da República.
A força-tarefa de São Paulo respondeu a Augusto Aras, embora o PGR tenha se dirigido à “República de Curitiba”.
O MPF-SP disse que “reitera a absoluta correção de sua atuação e que conduz seus trabalhos com base não apenas nas leis, mas também em portaria editada pelo próprio Procurador-Geral da República”.
O procurador Deltan Dallagnol, da força-tarefa em Curitiba, até o momento, não se manifestou sobre as declarações do procurador-geral da República.
O ex-juiz Sérgio Moro, no olho do furacão, também não abriu o bico acerca da fala do PGR.
Desde a semana passada, a unidade da Lava Jato na capital paranaense está sob devassa da PGR. Aras determinou busca e apreensão de dados cujos compartilhamentos foram negados à chefia da força-tarefa, no caso, o próprio PGR.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.