Bolsonaro fazia turismo em Roma enquanto líderes do G20 trabalhavam, diz jornal italiano

O jornal italiano Il Messaggero relata a triste solidão do presidente Jair Bolsonaro no G20, em Roma, que resolveu fazer turismo pela cidade porque os líderes mundiais o isolaram na reunião.

A publicação Il Messaggero é um diário de circulação nacional da Itália com sede na cidade de Roma fundado em 1878. Em termo de tiragem, é o sexto diário italiano e o diário mais vendido na capital da italiana.

O jornal destaca que Angela Markel, de saída do governo alemão, por pena, foi a única a se aproximar de Bolsonaro, que carrega o pesa do relatório da CPI da Pandemia no Senado que o acusa de nove crimes dentre os quais “crime contra a humanidade” em virtude das mais de 600 mil mortes na pandemia.

Nessa viagem a Roma, relatou o periódico, “aqui está o presidente brasileiro inerte aos trabalhos do G20 mas muito ativo nos roteiros turísticos da capital”. Ou seja, o jornal romano chamou Bolsonaro de preguiçoso, que, no Brasil, tem como sinônimo popular “vagabundo”.

“Enquanto todos os líderes do G20 em Roma estavam ocupados tecendo sua teia de relações diplomáticas, Bolosonaro tinha uma agenda de reuniões completamente vazia, com exceção do jantar de ontem à noite no Quirinale com o chefe de Estado, Sergio Mattarella”, afirma a reportagem.

“O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, não fez nem mesmo um acordo bilateral até agora, ao invés disso se permitiu aglomerar no centro de Roma, como evidencia um vídeo publicado por sua conta no Twitter”, diz o Il Messaggero.

Economia

O G20 em Roma foi dominado por questões como mudança climática e Covid-19, na qual Bolsonaro é conhecido por suas posições negacionistas.

Bolsonaro não viajará para a Cop26 em Glasgow, na Escócia, onde não se esperava uma recepção calorosa para o mandatário brasileiro.

Em português claro, o presidente Bolsonaro não foi a Glasgow –e preferiu o turismo em Roma– temendo as manifestações.

Assista ao vídeo do presidente turista

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