Bolsonaro chama de “pilantra” o agora político Deltan Dallagnol

Se alguém tem ojeriza a baixaria na política, que vá praticar outros esportes que não exijam contato físico. Nas eleições de 2022, por exemplo, os golpes serão abaixo da linha da cintura. Que o diga o ex-procurador Deltan Dallagnol, recém-filiado no Podemos para concorrer ao cargo de deputado federal pelo Paraná.

O agora político Deltan foi xingado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) que o chamou de “pilantra” ao explicar por que rejeitou uma audiência com o ex-procurador em 2019, no momento de discussão sobre indicação a procurador-geral da República.

“Se eu tivesse audiência com ele, com toda certeza não ia indicar a PGR. Mas iria sair uma história pronta. Como faziam por ocasião de alguns depoimentos por ocasião da Lava Jato”, disparou Bolsonaro, apontando a fraude nas delações premiadas da finada força-tarefa de Curitiba.

“Escrevia o depoimento, chamava o cara para assinar. E ia falar o quê? Que eu teria feito proposta indecorosa para ele. Salvar um amigo, parente”, reforçou a denúncia o presidente da República.

Pelo discurso de Bolsonaro, Deltan Dallagnol fez “pilantragem” na Lava Jato e será bastante cobrado nas eleições, inclusive o ex-juiz suspeito Sergio Moro (Podemos), que se apresenta como pré-candidato a presidente no ano que vem. O Blog do Esmael aposta que Moro vai desistir da empreitada até o início de março.

A filiação de Deltan ao Podemos, na sexta-feira (10/12), em Curitiba, já antecipava que o ex-procurador e Moro não terão vida fácil na política. Eles foram hostilizados por militantes bolsonaristas e petistas em frente ao hotel alugado para o ato político lavajatatista. Do lado de fora do evento, carro de som pedia atenção e informava que Deltan Dallagnol está inelegível para concorrer à Câmara.

Economia

Se Bolsonaro bate pelo viés moralista, se é que o presidente o tenha, os petistas, por outro lado, batem na questão econômica. Segundo o discurso do ex-presidente Lula, Moro e Dallagnol são responsáveis direitas pelo fechamento de mais de 6 milhões de empregos, quebra de empresas e volta da miséria no País. Na verdade, a esquerda acusa Moro de ser uma variante de Bolsonaro, pois eles têm o mesmo projeto neoliberal de ataque aos direitos dos trabalhadores e de privilégio aos bancos.