O governador Ratinho Júnior (PSD) desceu a serra e foi a Caiobá para tentar unificar seu grupo político visando 2026, usando os lançamentos do projeto Verão no litoral como palco para aparar arestas e conter o racha interno.
Ratinho Júnior atua como bombeiro político diante de um impasse que se agravou nas últimas semanas. Três pré-candidatos disputam a sucessão com a bênção do Palácio Iguaçu e nenhum deles recua.
Na mesa estão Alexandre Curi, Guto Silva e Rafael Greca. O governador tenta evitar que a disputa escale e contamine a base antes da virada do Ano.
A articulação ocorre em Caiobá, no litoral paranaense. Ali, Ratinho busca recompor o quadrado palaciano e ganhar tempo para uma decisão que chegou a ser planejada para março, mas foi antecipada por alertas do próprio grupo.
O risco apontado aos aliados é concreto. Se o racha persistir, a base governista pode assistir à polarização entre Sergio Moro (União) e Requião Filho (PDT), cenário que deixaria a tropa de Ratinho fora do segundo turno.
Nos bastidores, o governador foi advertido de que postergar a definição pode custar terreno e musculatura política aos adversários. A leitura predominante é que a indecisão já cobra preço e precisa de um desfecho mínimo para preservar a unidade.
Paralelamente, cresce a especulação sobre uma eventual renúncia de Ratinho em abril para manter-se elegível, com duas rotas no radar: a disputa presidencial ou uma vaga ao Senado. Nesse cenário, assumiria o vice-governador Daci Piana, o que adiciona urgência às conversas no litoral.
A missão em Caiobá é clara. Ou o governador consegue esfriar os ânimos e organizar o tabuleiro, ou o grupo corre o risco de chegar fraturado ao ciclo decisivo de 2026.
Continue acompanhando os bastidores da política e do poder pelo Blog do Esmael.

Jornalista e Advogado. Especialista em política nacional e bastidores do poder. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.




