O governador fluminense estimou que o controle da infecção de coronavírus deve durar cerca de dois anos.
Witzel não descartou a possibilidade de voltar a restringir os controles nas 30 cidades do interior do estado. Ele havia afrouxado ontem o isolamento nessas localidades.
“Os prefeitos têm que botar fita e barreira. O calçadão está movimentado? Vai lá e fecha. Tem camelô? Isola”, afirmou o governador do Rio.
Wilson Witzel defendeu que, caso seja necessário apertar as medidas de isolamento, as autoridades policiais possam atuar em caso de descumprimento.
“É preciso ter instrumentos para, se precisarmos, termos medidas mais duras”, destacou o governador.
Espera-se, dentre essas medidas mais duras, que o governador do Rio não atire na ‘cabecinha’ das pessoas a pretexto de matar o coronavírus.
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Mandetta aponta preocupação com aglomerações no Rio
O governador comentou a declaração do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, de que haveria um plano de manejo que seria implantado em uma das comunidades do Rio.
“Hoje nós começamos a primeira, o plano de manejo, e eu não vou falar em qual comunidade será, mas começamos o primeiro, para fazer um teste, um teste piloto, porque ali você tem que entender cultura, dinâmica, ali a gente tem que entender que são áreas que muitas vezes o estado está ausente, que quem manda é o tráfico, quem manda é a milícia, como que a gente constrói essa ponte em nome da vida e a saúde dialoga sim com o tráfico, com a milícia, porque eles também são seres humanos e eles também precisam colaborar, ajudar, a participar”, afirmou na quarta (8) o ministro da Saúde.
O governador Wilson Witzel disse que não sabe sobre esse projeto que seria implementado em uma comunidade do estado. E que a principal medida para conter o avanço da Covid-19 nas áreas mais pobres é permanecer em casa.
Ministro da Saúde afirmou que dialogará com o tráfico e a milícia
Durante coletiva no Palácio do Planalto, nesta quarta (8), Mandetta reconheceu que o Estado não controlo algumas áreas e disse que a pasta dialogará com o tráfico de drogas e as milícias durante a pandemia de coronavírus.
“A saúde dialoga, sim, com o tráfico, com a milícia, porque também são seres humanos e precisam colaborar, ajudar, participar”, disse nesta quarta-feira Mandetta, durante coletiva de imprensa.
O ministro da Saúde esclareceu: “Então, neste momento, quando a gente faz esse tipo de colocação, a gente deixa claro que todo mundo vai colaborar (no combate à covid-19)”.
“Temos dificuldade, sim, em apresentar o plano de manejo das favelas ou das comunidades com exclusão. Hoje nós começamos o primeiro plano de manejo, não vou falar em qual comunidade será, para fazer um teste piloto porque ali você tem que entender a cultura, a dinâmica, ali a gente tem que entender que são áreas que muitas vezes o Estado está ausente, que quem manda é o tráfico”, afirmou Mandetta na coletiva, reconhecendo que há um poder paralelo no País.
Com informações do G1
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.