Volta dos saques famélicos a supermercados assustam Bolsonaro

A fome, parceiro, leva ao desespero.

Na noite de sábado (16/04), véspera da Páscoa, populares saquearam uma unidade do supermercado Inter em Inhaúma, na zona norte do Rio.

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e a burguesia arregalaram os olhos de medo, de paúra, porque eles já viram esse filme antes nos estertores da ditadura militar e do mandato de Fernando Henrique Cardoso.

Os saques impediram o continuísmo dos militares nos anos 80 e dos tucanos no governo federal no início dos anos 2000, que, a exemplo do atual, privilegiou especuladores e o sistema financeiro ao desprezar as justas demandas do povo.

A Polícia Militar foi chamada para conter o saque no Rio, mas não prendeu ninguém.

Até porque esses saques são famélicos.

Economia

São mais problemas sociais provocados pela crise econômica de Bolsonaro, não caso de polícia.

A criminalização da fome não é uma inovação. Setores da velha mídia corporativa e do governo irão dizer que se trata de ação de tráfico, guerra de gangues, para não admitir que a inanição provocou o esbulho organizado.

Tivesse emprego e renda para a população, salário digno, não existiria saque e se houvesse seria ação de malucos. Coisa de saúde pública, não de polícia.

É possível concatenar o saque no Rio com a vaia que o presidente Bolsonaro levou neste domingo de Páscoa na Vila Belmiro, no jogo Santos 2 x 1 Coritiba.

As torcidas de Santos e Coritiba deixaram a rivalidade de lado alguns instantes para entoar uníssonas um grito de guerra: “Ei, Bolsonaro, vai tomar no c…”

Evidentemente que as vaias e xingamentos foram para o desastre na economia, o desemprego, o preço dos alimentos e dos combustíveis, a volta da fome e da miséria, o retorno do sarampo; a volta dos saques; foram manifestações contra a morte de 662 mil brasileiros na pandemia.

O cerco está fechando para Bolsonaro.

Assistir ao vídeo do saque do supermercado Inter em Inhaúma [Zona Oeste, Rio]