Governo federal estende programa de incentivo à compra de veículos
A Volkswagen anunciou na terça-feira (27/6) a suspensão temporária da produção de automóveis em suas fábricas no Brasil. A empresa citou a “estagnação do mercado” como o motivo dessa decisão.
A decisão ocorre apesar do programa governamental de incentivo à indústria automobilística, publicado no dia 6 de junho, que oferecia descontos para carros de até R$ 120 mil. Questionada sobre a relação entre o programa do governo federal e sua decisão, a empresa não se pronunciou.
A Volkswagen informou que a fábrica de São José dos Pinhais, onde é produzido o T-Cross, está em regime de layoff (modelo de suspensão temporária do trabalho) desde 5 de junho deste ano, com duração prevista de 2 a 5 meses.
O outro turno da mesma unidade iniciou a suspensão na segunda-feira (26/6). As atividades seguem suspensas até sexta-feira (30/6), em regime de folga bancária.
A planta do município na região metropolitana de Curitiba tem cerca de dois mil trabalhadores.
A fábrica de Taubaté, onde são fabricados o Polo Track e o Novo Polo, também teve seus dois turnos de produção interrompidos nesta semana (de 26 a 30 de junho), também no regime de time-off banking.
Já na unidade Anchieta, em São Bernardo do Campo, onde são produzidos os modelos Novo Virtus, Novo Polo, Nivus e Saveiro, estão previstas férias coletivas de dez dias para os dois turnos de produção a partir de 10 de julho.
Segundo a empresa, “todas as ferramentas de flexibilização estão previstas no Acordo Coletivo firmado entre o sindicato e os empregados da Volkswagen”.
Descontos em carros: 84% dos recursos já utilizados pelas montadoras
Segundo o último levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), já foram consumidos 84% dos recursos para financiar o programa do governo de barateamento de automóveis em até R$ 120 mil.
No total, as montadoras já solicitaram R$ 420 milhões em créditos tributários dos R$ 500 milhões disponíveis para descontos para pessoas físicas na compra de um veículo novo. Desse valor, a Volkswagen recebeu R$ 60 milhões.
Segundo o MDIC, os créditos autorizados estão assim distribuídos:
- FCA Fiat Chrysler: R$ 170 milhões
- Volkswagen: R$ 60 milhões
- Renault: R$ 50 milhões
- Peugeot Citroën: R$ 40 milhões
- Hyundai: R$ 40 milhões
- General Motors: R$ 20 milhões
- Nissan: R$ 20 milhões
- Honda: R$ 10 milhões
- Toyota: R$ 10 milhões
Programa de Incentivo à Compra de Automóveis será Alargado Segunda fase a empresas
Com os recursos próximos do esgotamento, o programa de incentivo à compra de veículos será ampliado para incluir descontos para empresas, informou o Ministério da Fazenda nesta quarta-feira (28/6).
O ministro Fernando Haddad disse que o programa será anunciado oficialmente na noite desta quarta-feira.
Haddad afirmou que a demanda por carros mais econômicos e ecologicamente corretos pegou de surpresa tanto as montadoras quanto o governo, quase esgotando os recursos disponíveis para o programa. Segundo o ministro, uma nova linha de subsídios será lançada e anunciada em breve.
Originalmente, a possibilidade de empresas, como locadoras de veículos, participarem do programa de compra de carros estava prevista para terminar no último dia de junho. No entanto, a exclusividade para consumidores individuais se beneficiarem dos descontos foi estendida por mais duas semanas. Já na compra de ônibus e caminhões, a exclusividade terminou no dia 21 de junho, e as empresas já podem usufruir desses descontos.
De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), R$ 420 milhões dos R$ 500 milhões de créditos tributários para aquisição de automóveis já foram utilizados. Isso equivale a 84% do total.
Em algumas montadoras, o total de créditos solicitados já foi esgotado. Na terça-feira (27/6), a Volkswagen suspendeu a produção de automóveis no Brasil, alegando estagnação do mercado e estacionamentos lotados. Segundo dados do MDIC, a montadora obteve R$ 60 milhões em créditos tributários.
Quanto aos veículos pesados e de passageiros, os valores executados não sofreram alterações desde a semana passada. Os créditos tributários para vendas de caminhões somam R$ 100 milhões, 14% dos R$ 700 milhões disponíveis. Para a comercialização de ônibus, foram concedidos R$ 140 milhões em créditos de um total de R$ 300 milhões disponíveis.
Créditos Fiscais
O programa de renovação da frota é custeado por meio de créditos fiscais, que são descontos concedidos pelo governo aos fabricantes no pagamento futuro de impostos, totalizando R$ 1,5 bilhão. Em contrapartida, a indústria automobilística se comprometeu a repassar a diferença aos consumidores.
Está prevista a utilização de R$ 700 milhões em créditos fiscais para vendas de caminhões, R$ 500 milhões para automóveis e R$ 300 milhões para vans e ônibus. O programa tem duração de quatro meses, mas pode terminar antes caso os créditos tributários se esgotem.
Para compensar a perda de receita, o governo pretende reverter parcialmente a isenção do imposto sobre o óleo diesel, que deveria vigorar até o final do ano. Dos atuais R$ 0,35 de isenção do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), R$ 0,11 será restituído em setembro, após o prazo de noventa dias exigido pela Constituição para o aumento das contribuições federais.
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É só baixar os preços absurdos. Chega de moleza. Gigolôs do governo. Por mim podem ir embora, mas não sem antes empilhar seus carros nos pátios. Tem 🦆 que paga uma fortuna por estas porcarias de 3 cilindros.
Devia fazer um mega feirão com desconto generoso a todos os carros e ainda bancar financiamento com juros mais baratos pelo banco próprio.