Você sabia que 1 milhão morreram no Brasil por violência intencional enquanto 174 mil morreram no Afeganistão em 20 anos de guerra?

Segundo a Universidade Brown, nos Estados Unidos, cerca de 174 mil pessoas morreram na guerra no Afeganistão durante vinte anos. Os dados alcançam entre outubro de 2001 e mês de abril de 2021. A título de comparação, no Brasil as mortes violentas intencionais ceifaram 1.033.714 vidas de brasileiros entre 2000 e 2020 [veja dados detalhados abaixo].

Se somarmos os 574 mil brasileiros que perderam a vida para a covid-19, em um ano e meio de pandemia, chegaremos a incríveis 1.607.714 mortes. O Afeganistão teve 7.054 mortes pela doença no mesmo período. No entanto, é importante considerarmos a população estimada do Afeganistão (32 milhões) e a do Brasil (211 milhões).

Voltemos à violência no país declaradamente em guerra, isto é, à terra dos mulás.

No Afeganistão, 47 mil vítimas eram civis, entre 66 mil e 69 mil eram membros das forças de segurança afegãos e, de acordo com a universidade Brown, 51 mil eram insurgentes islamitas ligados ao Taleban.

Mortes por covid no Brasil

O Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) divulgou neste domingo (22/08/2021) o seguinte boletim, acerca de infectados e óbitos pela doença:

Casos
• 14.404 no último período
• 20.570.891 acumulados

Economia

Óbitos
• 318 no último período
• 574.527 acumulados

Ao concluir a leitura deste texto você ficará em dúvida: quem realmente está em guerra, Afeganistão ou Brasil?

Mortes violentas intencionais no Brasil, entre 2000 e 2020

Também são desconcertantes os números de óbitos por mortes violentas no Brasil. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entre os anos de 2011 e 2020, ou seja em dez anos, 495.390 brasileiros perderam a vida por morte intencional.

Note, que em apenas 10 anos, o Brasil superou em quase três vezes o número de mortes violentas que o Afeganistão em 20 anos de guerra.

Segundo informações do Ministério da Justiça e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, entre os anos 2000 e 2010, o país perdeu 538.324 vidas para as mortes violentas.

Ou seja, em 20 anos, o Brasil os órgãos oficiais registraram 1.033.714 mortes violentas intencionais.

Traduzindo, em vinte anos, o Brasil foi seis vezes mais violento que o Afeganistão e matou no período 859 mil brasileiros a mais.

Veja os números do Brasil

  • Ano 2000 – 45.360 mortes
  • Ano 2001 – 47.943 mortes
  • Ano 2002 – 49.695 mortes
  • Ano 2003 – 51.043 mortes
  • Ano 2005 – 48.374 mortes
  • Ano 2006 – 47.578 mortes
  • Ano 2006 – 49.145 mortes
  • Ano 2007 – 47.707 mortes
  • Ano 2008 – 50.113 mortes
  • Ano 2009 – 51.434 mortes
  • Ano 2010 – 49.932 mortes
  • Ano 2011 – 47.215 mortes
  • Ano 2012 – 54.694 mortes
  • Ano 2013 – 55.847 mortes
  • Ano 2014 – 59.730 mortes
  • Ano 2015 – 58.459 mortes
  • Ano 2016 – 61.597 mortes
  • Ano 2017 – 64.078 mortes
  • Ano 2018 – 57.592 mortes
  • Ano 2019 – 47.742 mortes
  • Ano 2020 – 50.033 mortes

Crise no Afeganistão

Quanto ao Afeganistão, p Reino Unido convocou para terça-feira (24/08) reunião do G7 para discutir crise na região. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pediu aos governos que encontrem maneiras de evitar que as condições piorem.

Militantes do Talibã tomaram o controle de Cabul no fim de semana passado, o que fez com que civis e aliados militares afegãos fugissem do país em busca de segurança.

Muitos temem um retorno à interpretação austera da lei islâmica imposta durante o regime anterior do Talibã, que terminou há 20 anos.

Os governos ocidentais estão discutindo como lidar com a situação em Cabul, onde milhares de civis desesperados para fugir tentam invadir o aeroporto.

Crise no Brasil

A CPI da Pandemia investiga no Senado desde abril passado envolvimento do governo Jair Bolsonaro, que teria pedido propina na compra de vacinas, o que teria retardado o processo de imunização no País. Somado a isso, dizem os parlamentares, houve negacionismo e tratamento precoce, que contribuíram para o genocídio no Brasil.

Nesta semana, a comissão de investigação ouvirá Emanuel Catori, um dos sócios da farmacêutica Belcher; na quarta-feira (25), Roberto Pereira Ramos Júnior, presidente do FIB Bank; e na quinta-feira (26), Francisco Araújo, ex-secretário de Saúde do governo do Distrito Federal. O Blog do Esmael vai transmitir as reuniões ao vivo para o Brasil e o mundo.

Durante as investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito, os três foram citados como suspeitos de irregularidades em negociações com vacinas anticovid. Todos eles foram convocados pela Comissão. Portanto, são obrigados a comparecer para depor no dia e hora agendados.

O presidente da CPI da Pandemia é o senador Omar Aziz (PSD-AM), o relator é o senador Renan Calheiros (MDB-AL).

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