Vladimir Putin autoriza civis ucranianos deixarem fábrica de Azovstal

► De acordo com porta-voz do Kremlin, todos os feridos e doentes receberão assistência médica

O Kremlin não vê importância nas negociações sobre a situação em torno da fábrica de Azovstal em Mariupol. O presidente russo, Vladimir Putin, disse que os civis já podem sair da fábrica livremente, enquanto os militantes devem depor as armas, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, na quinta-feira (28/04). Putin fez este comentário em resposta à observação do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, de que Kiev está pronta para negociações imediatas sobre a evacuação de pessoas de Azovstal.

– O presidente [Vladimir Putin] deixou bem claro: os civis podem sair e ir para onde quiserem. Os militantes devem depor as armas e sair também. Suas vidas serão preservadas. Todos os feridos e doentes receberão assistência médica – disse Peskov. “O que há para negociar neste caso?”

Zelensky declarou a prontidão de Kiev para negociações sobre a evacuação de pessoas de Azovstal na quinta-feira, após as conversas com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.

Na terça-feira (26/04), Guterres manteve negociações com Putin em Moscou. Durante a parte aberta da reunião, o presidente russo afirma que todos os civis, se estiverem realmente presentes no Azovstal, estão livres para sair do plano, e os militares ucranianos devem deixá-los ir.

O presidente observou que os corredores humanitários russos de Mariupol estão ativos, e cerca 140 mil pessoas já os usaram, e estão livres para ir aonde quiserem – seja para a Rússia ou para a Ucrânia.

Economia

De acordo com Putin, se os civis estão de fato presentes no Azovstal, mantê-los como escudos humanos é um crime de guerra dos batalhões nacionalistas ucranianos.

Putin também afirmou que os militares ucranianos que já depuseram suas armas são mantidos em condições adequadas e recebem assistência médica, se necessário. Ele afirmou que a Rússia está pronta para fornecer à ONU e à Cruz Vermelha Internacional acesso a esses prisioneiros de guerra.

As informações são da agência de notícias russas TASS.