Vingança do pipoqueiro: Bolsonaristas comemoram prisões de membros do MBL

Depois de sofrerem duros golpes com prisões de apoiadores e desmantelamento de parte da estrutura do ‘gabinete do ódio’, os bolsonaristas estão rindo à toa com a prisão de dois integrantes do Movimento Brasil Livre.

Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso (conhecido como Luciano Ayan) foram presos numa operação conjunta do Polícia Civil, Receita Federal e Ministério Público Estadual. Eles são suspeitos de lavagem de dinheiro e de desvio de mais de R$ 400 milhões.

Além das prisão, estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão na cidade de São Paulo e em Bragança Paulista.

Após as prisões, a hashtag #DerreteMBL subiu e é uma das mais comentadas no Twitter nesta sexta-feira.

A deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL), um dos alvos do STF no inquérito dos atos antidemocráticos, compartilhou um vídeo que ironiza a afirmação de “Luciano Ayan não era do MBL, era só amigo”.

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A Família Direita Brasil tuitou: “ACUSE SEUS INIMIGOS DO QUE VOCÊ FAZ E TENTE REBAIXÁ-LOS AO SEU NÍVEL, É ISSO?#DerreteMBL MBL e Ayan orientavam ataques na internet, diz ex-colaborador – RENOVA Mídia”

O Delegado Éder Mauro, deputada da bancada da bala (que não é de hortelã), escreveu:

“Esses maconheiros do MBL são todos uns vagabundos!!!! #DerreteMBL”

Mas não são só os bolsonaristas que comemoram, Monica Seixas, co-deputada Estadual em São Paulo pelo PSOL, escreveu:

“Luciano Ayan, líder do MBL que foi preso hoje por lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio, é o mesmo que criou as Fake News contra a Marielle logo que ela foi assassinada. Bora fazer Justiça! #DerreteMBL #QuemMandouMatarMarielle #JusticaPorMarielleEAnderson”

Enfim, a farsa dos movimentos de direita que são espontâneos e não tem financiamento escondido cai por terra.

Membros do MBL são presos em SP por desvio e lavagem de dinheiro

Dois membros do Movimento Brasil Livre (MBL) foram presos em São Paulo, na manhã desta sexta-feira (10), em uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Receita Estadual e Polícia Civil. Eles são acusados ​​de desviar mais de R $ 400 milhões de empresas.

De acordo com o MP, as  investigações apontam que os presos Alessandro Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso lavaram dinheiro e ocultaram patrimônio.

Ao todo, a força-tarefa composta pelos três órgãos cumpriu seis mandados de buscas apreensão e dois de prisão na cidade de São Paulo e em Bragança Paulista, no interior do estado. Um dos mandados de busca ocorre na sede da MBL na Vila Mariana, na Zona Sul da capital paulista.

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O MBL é um movimento de direita que surgiu durante o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e pregava, entre outras coisas, o fim da corrupção.

A operação recebeu o nome de “Juno Moneta” (local onde as moedas romanas eram cunhadas). Cerca de 35 policiais civis do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE) e 16 viaturas participam da operação.

Com informações do G1.