Vigarice do governo Bolsonaro em relação à pandemia chama atenção do mundo

O mundo ficou estupefato não com a omissão do governo Jair Bolsonaro em relação à pandemia de Covid-19, mas com sua vigarice acerca da procrastinação da vacinação em massa no Brasil.

Até o laboratório da Pfizer recebeu com estranhamento o anúncio do “plano de vacinação” feito por Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, após ele mesmo bater boca com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), no dia anterior. Em reunião com governadores na terça-feira (8), Pazuello disse que a vacinação no Brasil começaria somente no fim de fevereiro.

Nesta quarta-feira (9), porém, o mesmo Pazuello declarou que poderá haver vacinação contra a Covid-19 no Brasil ainda neste mês de dezembro, ou no início de janeiro de 2021, se a farmacêutica Pfizer conseguir uma autorização emergencial junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O problema é que o governo federal ainda depende da compra de milhões de seringas e agulhas e até agora não há na Anvisa nenhum pedido de registro ou uso emergencial de vacinas.

A Pfizer, em nota, afirma que “isso seria em quantidades pequenas, de uso emergencial. Observando que a autorização emergencial depende da Anvisa e termos contratuais a serem definidos entre MS, Pfizer e/ou qualquer laboratório.”

Pressionado por movimentos pró-vacina, o governo brasileiro anunciou na terça-feira (8) termo de intenção para comprar 70 milhões de doses da empresa. Antes, o governo dizia que o país não tinha infraestrutura para armazenar as doses na temperatura exigida de 70º C negativos.

Economia

O mundo está estupefato com a vigarice do governo Bolsonaro, que não consegue sequer anunciar um consistente plano de vacinação.

O que dizer de um governo que não consegue proteger seu povo? Fora Bolsonaro, óbvio.

A insegurança sanitária e a falta de compromisso do governo Bolsonaro com a vida das pessoas está levando prefeitos e governadores a uma insana corrida por vacinas. Líderes estaduais e municipais estão por conta própria fazendo acordos com laboratórios e, pela primeira vez na história do país, agindo como se não houvesse poder central.

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