Vídeo com suposta orgia de Doria volta ao debate 4 anos depois de vazado

Suruba, sexo, infidelidade, extraconjugal, prostituição, eis o vídeo íntimo vazado em 2018 da suposta orgia do governador João Doria (PSDB).

Quase quatro anos depois, a Polícia Federal disse que vai reabrir o inquérito.

A PF divulgou um laudo afirmando não haver sinais de adulteração num vídeo de uma suposta orgia registrada em 2018, no qual a imagem de um homem é associada ao governador de SP. Ou seja, a PF garante que as imagens são verdadeiras.

Na época, Doria disputou o segundo turno contra Márcio França e venceu a eleição para o governo de São Paulo com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL). Hoje eles são adversários políticos. O tucano obteve 51,75% dos votos válidos contra 48,25% do socialista.

Doria disse que é revoltante a Polícia Federal não ter investigado os autores do crime em 2018.

– Agora, quatro anos depois do episódio, utiliza essa fake news não para elucidar o caso, mas para atingir a vítima desta armação sórdida – disse o tucano, que é pré-candidato a presidente da República.

Economia

O laudo da PF em questão foi antecipado pela lavajatista revista Crusoé, parceira do portal UOL/Folha.

– Lamentavelmente, uma parte da instituição de Estado tem sido utilizada para propósitos políticos, como já ocorreu recentemente com outros pré-candidatos à presidência. É uma afronta ao Estado Democrático de Direito. Não me intimidei na época desse crime e não me intimidarei com essa tentativa rasa para prejudicar a minha pré-candidatura – reagiu o governador paulista.

A volta da suposta orgia ao debate eleitoral ocorre após o Podemos, partido de Sergio Moro, anunciar apoio ao candidato Rodrigo Garcia (PSDB) ao governo de São Paulo. Também coincide com a perda de fôlego da pré-candidatura do ex-juiz, que busca aproximação de Doria.

Leia a íntegra da nota do governador de SP João Doria

“Fui surpreendido hoje com a informação de que a Polícia Federal decidiu ressuscitar a investigação de um caso da eleição de 2018, que se tornou o maior crime eleitoral já realizado contra um candidato na história do Brasil, justamente quando se aproximam as próximas eleições presidenciais.

Laudos independentes produzidos na época do episódio comprovaram de maneira cristalina que o vídeo em questão é uma fraude primária. A Revista Veja publicou em outubro de 2018 documento técnico que comprovou “alterações digitais” e manipulação. Um segundo laudo independente também comprovou a fraude desse vídeo.

É revoltante que a Polícia Federal não tenha investigado os autores do crime em 2018. Agora, quatro anos depois do episódio, utiliza essa fake news não para elucidar o caso, mas para atingir a vítima desta armação sórdida.

Lamentavelmente, uma parte da instituição de Estado tem sido utilizada para propósitos políticos, como já ocorreu recentemente com outros pré-candidatos à presidência. É uma afronta ao Estado Democrático de Direito.

Não me intimidei na época desse crime e não me intimidarei com essa tentativa rasa para prejudicar a minha pré-candidatura.

A determinação de construir um país mais justo, próspero e pacificado é maior do que a tentativa torpe de atacar a minha honra e da minha família.

João Doria

Governador do Estado de São Paulo”.