O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizou cerimônia na tarde desta terça-feira (30), no Palácio do Planalto, para anunciar a prorrogação do auxílio emergencial de R$ 600.
O evento contou com as presenças dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Embora o governo capitalize a ajuda para cerca de 60 milhões de brasileiros, no início da pandemia de coronavírus Bolsonaro queria pagar apenas R$ 200.
Graças ao trabalho da oposição no Congresso Nacional, Bolsonaro cedeu R$ 600.
Hoje, novamente, o presidente Jair Bolsonaro cedeu à pressão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e da oposição, e anunciou a prorrogação do auxílio emergencial de R$ 600 por dois meses.
Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, queriam reduzir para R$ 500, R$ 400 e R$ 300.
Assista ao anúncio de Jair Bolsonaro [vídeo]:
LEIA TAMBÉM
- Caiu na rede: ‘Bolsonaro ladrão de cachorro’ no topo do Twitter
- Ratinho decreta quarentena por 14 dias no Paraná; confira
- Carlos Decotelli pede demissão nesta tarde do Ministério da Educação
- Coronavoucher de R$ 600 é prorrogado por dois meses, após auxílio emergencial ser espancado pela mídia
Requião faz pergunta sobre a Lava Jato cuja resposta certa vale um milhão de dólares
Publicado em 30 junho, 2020
O ex-senador Roberto Requião (MDB-PR), pelo Twitter, nesta terça-feira (30), fez uma pergunta sobre a força-tarefa Lava Jato cuja resposta certa vale um milhão de dólares.
Requião tem motivos de sobra para estar zangado com os procuradores da outrora “República de Curitiba”. Segundo o site Disparada, reproduzido aqui no Blog do Esmael, a Lava Jato “agiu nas sombras” para tirá-lo do Senado em 2018.
O PGR Augusto Aras afirmou que a Lava Jato não é um poder autônomo distinto no Ministério Público. A declaração do chefe do MPF ocorreu após a recusa da força-tarefa de Curitiba partilhar os dados das operações.
“Para ser órgão legalmente atuante, seria preciso integrar a estrutura e organização institucional estabelecidas na Lei Complementar 75 de 1993. Fora disso, a atuação passa para a ilegalidade, porque clandestina, torna-se perigoso instrumento de aparelhamento, com riscos ao dever de impessoalidade, e, assim, alheia aos controles e fiscalizações inerentes ao estado de direito e à República, com seus sistemas de freios e contrapesos”, disse Aras.
Será que andaram ouvindo outras autoridades, como ministros do Supremo e parlamentares?
A Lava Jato avisou que não irá compartilhar dados sigilosos com a PGR, nem que a vaca tussa arroz doce.
Requião sugere que Augusto Aras, da PGR, vá aos Estados Unidos em busca de informações sobre a Lava Jato. “Vá à fonte, no Departamento de Estado”, orientou o ex-senador paranaense.
ASSISTA AO VÍDEO:
— Roberto Requião (@requiaopmdb) June 30, 2020
Noutro front, no Congresso Nacional, o deputado Rogério Correia (PT-MG) anunciou que solicitou uma CPI para investigar as ações da Lava Jato e suas ligações com o ex-juiz Sérgio Moro. “Estes ‘justiceiros’ de araque não admitem investigações contra eles por motivo óbvio: rabo preso”, disse o parlamentar. “Por isto Dallagnoll sempre fugiu de ir depor na Câmara.’
A Globo acredita que a PGR pense atingir o ex-juiz Sérgio Moro cujas irregularidades de sua atuação e do coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, vieram a público na ‘Vaza Jato’, a série de reportagens do site The Intercept Brasil.
Se há insurgência da Lava Jato, que age na ilegalidade, como diz a PGR, o que obstaria o Supremo Tribunal Federal (STF) de ordenar uma operação da Polícia Federal na “República de Curitiba”?
As condições estão dadas…
Simples, a lava jato não quer partilhar com a PGR dados que generosamente partilhou com os Estados Unidos?
— Roberto Requião (@requiaopmdb) June 30, 2020
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.