A jornalista Vera Magalhães começou plantar vento ainda na época da então presidente Dilma Rousseff, do PT, que possibilitou o golpe de Estado com Michel Temer (MDB) e, posteriormente, o surgimento do presidente cessante Jair Bolsonaro (PL) e a ideologia de violência promovida pelo bolsonarismo.
Durante o debate da TV Cultura entre candidatos ao governo do estado de São Paulo, na noite de quarta-feira (14/09), a apresentadora foi ofendida pelo deputado estadual bolsonarista Douglas Garcia (Republicanos-SP).
Segundo relatos, Vera estava em uma área reservada para jornalistas quando foi abordada por Douglas Garcia.
Com o celular em punho, o deputado bolsonarista se aproximou de Vera Magalhães e disse que ela era “uma vergonha para o jornalismo” e a intimidou. A frase foi a mesma usada pelo presidente Jair Bolsonaro contra a jornalista durante o debate da Band TV entre candidatos à Presidência.
O deputado Douglas Garcia estava na comitiva do ex-ministro e candidato bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), que disputa o governo do estado de São Paulo.
– Lamento profundamente e repudio veementemente a agressão sofrida pela jornalista Vera Magalhães enquanto exercia sua função de jornalista durante o debate de hoje. Essa é uma atitude incompatível com a democracia e não condiz com o que defendemos em relação ao trabalho da imprensa – manifestou-se Fernando Haddad (PT), candidato ao Palácio do Bandeirantes.
O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), também rechaçou a violência contra a jornalista.
– Meu total repúdio ao ataque covarde que a jornalista Vera Magalhães sofreu, após o debate da TV Cultura, vindo de um sujeito que não representa os valores democráticos nem o povo de São Paulo. Minha solidariedade a você, Vera – disse o candidato à reeleição.
O apresentador do debate, Leão Serva, tomou o celular do parlamentar bolsonarista e o atirou longe.
– Ele veio aqui visivelmente com a intenção de ‘lacrar’. A única solução possível naquele momento era afastá-lo da ‘lacração’ – disse Serva. “[Douglas Garcia] já tem uma prática de assédio a Vera Magalhaes há um bom tempo”, testemunhou.
Que os erros do passado de Vera Magalhães sirvam de apreendizado.
Vera foi uma ferrenha defensora do impeachment de Dilma. Após a derrubada da presidente, a jornalista sempre que pôde alegou que a usurpação não fora um golpe contra a democracia porque recebeu o aval do STF.
Dito isso, esta página empresta solidariedade à jornalista. Talvez o deputado bolsonarista não agisse assim contra um homem. Ela foi vítima de covarde misoginia bolsonarista.
– Eu estava sentada na primeira fileira vendo meu celular. Vou registrar um boletim de ocorrência de ameaça contra o deputado Douglas Garcia, do PL [Republicanos]. Há centenas de testemunhas. Usou o convite no estafe de Tarcisio Freitas no debate apenas para vir mentir e me acossar e ameaçar – disse a jornalista, após a confusão no estúdio da TV Cultura.
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