Velha mídia atua como pombo-correio do golpe, diz professor titular da UFBA

Wilson Gomes, professor titular da UFBA (Universidade Federal da Bahia), afirma na Folha que o medo que nos leva a tentar evitar golpe é parte do golpe de Bolsonaro. Bingo!

Ele acusa a velha mídia corporativa de atuar como pombo-correio das intenções golpistas, se o resultado das urnas não agradar os bolsonaristas.

– O golpe como engodo é uma obra-mestra de simulação e dissimulação – diz o professor titular da UFBA. “O golpe como fraude está funcionando”, avalia ele.

– O governo Bolsonaro e os generais seus acólitos jogam com os dois sentidos do termo. Ameaçam um golpe em um sentido, a tomada arbitrária do poder contra as regras do jogo democrático, enquanto aplicam um golpe em outro sentido, como tramoia, farsa, embuste, logro, fraude – diz.

Wilson Gomes ainda afirma que o motim antidemocrático se garante nos porões, usando o jornalismo como pombo-correio, qual seja, garoto de recado para entregar ameaças, emitidas no conforto do off, sem que passem pelos filtros da apuração dos fatos.

– Sai o jornalismo de investigar fatos, entra o jornalismo de repercutir e coletar declarações.

Economia

Nesse contexto, concluiu o Blog do Esmael, a velha mídia é quem deseja o golpe para manter o atual estado de coisas. O golpe está no DNA dos barões da mídia brasileira desde a Proclamação da República.

Afirmamos que o objetivo dos jornalões é impedir o debate sobre a crise na economia enquanto a mídia tenta formar uma ‘frente ampla amplíssima’ com o mercado financeiro contra o “perigo do golpe” de Bolsonaro.

Pensamos que não há que ceder ao neoliberalismo e ao sem-vergonhismo dos abutres do mercado especulativo.