Veja as broncas que esperam Bolsonaro na CPI da Covid

O presidente Jair Bolsonaro sabe que o k-suco vai ferver na CPI da Covid e ele espera que, ao menos, os senadores tentem lhe arrancar uma “tira de couro” das costelas.

A comissão parlamentar de inquérito (CPI) que vai investigar as ações do governo e o uso de verbas federais na pandemia de covid-19 se reúne pela primeira vez nesta terça-feira (27/4), a partir das 10h. O Blog do Esmael vai transmitir a sessão ao vivo.

Com a instalação oficial, a CPI da Covid escolherá seu presidente, seu vice-presidente e seu relator.

Antes mesmo de a comissão ter seus titulares formalizados, os parlamentares listaram as principais broncas que esperam o inquilino do Palácio do Planalto. Confira a lista:

  • Governo foi negligente com processo de aquisição e desacreditou eficácia da Coronavac;
  • Governo minimizou a gravidade da pandemia;
  • Governo não incentivou a adoção de medidas restritivas;
  • Governo promoveu tratamento precoce sem evidências científicas comprovadas;
  • Governo retardou e negligenciou o enfrentamento à crise no Amazonas;
  • Governo não promoveu campanhas de prevenção à Covid-19;
  • Governo não coordenou o enfrentamento à pandemia em âmbito nacionalmente;
  • O governo entregou a gestão do Ministério da Saúde, durante a crise, a gestores não especializados (militarização);
  • Governo demorou a pagar auxílio emergencial;
  • Ineficácia do Pronampe;
  • Governo politizou a pandemia;
  • Governo falhou na implementação da testagem (deixou vencer testes);
  • Falta de insumos diversos (kit intubação);
  • Atraso no repasse de recursos para os Estados destinados à habilitação de leitos de UTI;
  • Genocídio de indígenas;
  • O governo atrasou a instalação do Comitê de Combate à Covid;
  • O Governo não foi transparente e nem elaborou um Plano de Comunicação de enfrentamento à Covid;
  • O governo não cumpriu as auditorias do TCU durante a pandemia;
  • Brasil se tornou o epicentro da pandemia e ‘covidário’ de novas cepas pela inação do governo;
  • General Pazuello, General Braga Netto e diversos militares não apresentaram diretrizes para o combate à Covid;
  • O presidente Bolsonaro pressionou Mandetta e Teich para obrigá-los a defender o uso da hidroxicloroquina;
  • O governo recusou 70 milhões de doses da vacina da Pfizer; e
  • O governo federal fabricou e disseminou fake news sobre a pandemia por intermédio de seu gabinete do ódio.

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Trabalhos presenciais na CPI da Covid

Depois da instalação e da escolha dos postos-chave, a CPI terá autonomia para decidir se os seus próximos compromissos serão presenciais, virtuais ou mistos. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), avalia que algumas atividades da comissão terão de ser realizadas exclusivamente em reuniões presenciais.

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De acordo com Pacheco, uma CPI impõe atos como interrogatórios, inquirição de testemunhas incomunicáveis, reunião e exame de documentos sigilosos, perícias. Tudo isso recomenda que, segundo ele, por ser um trabalho investigativo, seja feito presencialmente.

Para a reunião desta terça-feira, várias precauções sanitárias já estão estabelecidas. O acesso ao plenário será reservado aos senadores e a um número restrito de servidores — inclusive com limitação de cadeiras no espaço físico. A captação de imagens da reunião será feita apenas pelos profissionais dos órgãos de comunicação do Senado.