Um ano depois, a história se repete: novo massacre em presídio brasileiro

Exato um ano após a onda de massacres nos presídios brasileiros, que vitimaram 134 apenados, este 1º de janeiro de 2018 começou com mais mortes: ao menos 13 detentos foram assassinados e tiveram seus corpos carbonizados na Colônia Agroindustrial, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital de Goiás.

A Superintendência Executiva de Administração Penitenciária (Seap) contabiliza ao menos nove mortos e outros 14 presos ficaram feridos. O órgão atribui a rebelião a rixa de grupos rivais, no entanto, todos nós sabemos, o problema é mais grave e a superlotação do presídio pode ser a principal causa do massacre de hoje. Familiares dos detentos também relatam péssimas condições da alimentação e da higiene na penitenciária.

Em 1992, a carnificina no Carandiru exterminou 111 detentos que estavam sob a custódia do Estado.

A rebelião deste Ano Novo parece notícia velha, mas não é. Essa crise se agrava em virtude de 40% dos presos serem provisórios (sem julgamento) e 25% da população carcerária ser oriunda da guerra às drogas, sem potencial ofensivo.

Michel Temer tem mais de um Carandiru para chamar de seu.

Feliz Ano Velho.

Economia

Crítica ao sistema prisional brasileiro

Michel Temer, que não tem um plano para conter os massacres. Pelo contrário, aplaude para o público interno, mas tem frouxos intestinais com a repercussão internacional.

Se o Estado não tem condições de garantir a integridade física dos presos, pois bem, solte-os. Não é possível um sistema prisional manter 40% presos provisórios, sem julgamento, e outros 25% devido à repressão às drogas cujo potencial ofensivo à sociedade é baixíssimo.

Pela sua formação fascista, a mídia adora a carnificina nos presídios porque não há um branco e rico sequer entre as vitimas. São pretos e pobres, invisíveis aos olhos da sociedade. São alguns a menos a incomodar os abastados. São negócios para os gestores de presídios privados — contribuidores de campanhas.

O Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo com 760 mil presos (equivalente a população inteira de Butão, país localizado na Ásia). Uma insanidade absoluta, portanto.

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