UFPR exige passaporte de vacina na volta às aulas presenciais em 2022

O reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Marcelo Fonseca, anunciou nesta quarta-feira (12/01) que a instituição mais antiga do país vai exigir passaporte de vacina para a comunidade universitária ao retomar as atividades presenciais no ano letivo de 2022.

Segundo o reitor, o Conselho Universitário da UFPR deliberou por unanimidade hoje pela exigência de comprovante de vacinação contra a Covid-19 para o início das atividades presenciais, a partir de 31 de janeiro.

Ricardo Marcelo disse que a decisão sobre a exigência de comprovante de vacina ou teste negativo para todos da comunidade universitária e até visitantes foi tomada de forma democrática, pelos representantes eleitos das três categorias que compõem o Coun – docentes, técnicos e alunos.

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Sindicato dos professores acusa Ratinho Junior de negacionismo no Paraná

“Infelizmente, Ratinho Jr. escolhe agradar uma parcela negacionista da população em detrimento da saúde pública, uma atitude irresponsável que traz riscos desnecessários para a comunidade escolar e o conjunto da população. É tempo de mudar de posição”, protestou nesta quarta a APP-Sindicato.

No próximo dia 7 de fevereiro, cerca de um milhão de alunos retornam às escolas estaduais do Paraná. Em meio à alta de casos e as incertezas sobre o avanço da nova variante, não há justificativa para permitir o acesso de estudantes sem comprovante de vacinação.

Economia

Por um lado, é farta a evidência científica sobre a proteção conferida pelas vacinas contra Covid-19. Por outro, o cronograma de imunização de adolescentes a partir de 12 anos – a maior parte dos estudantes da rede estadual – já está concluído. Sobrariam apenas as crianças, ainda no aguardo das doses.

Segundo a APP, a não exigência serve como um incentivo a mais – além do obscurantismo do presidente Bolsonaro – para que muitos continuem sem a vacina no braço.

“Infelizmente, Ratinho Jr. escolhe agradar uma parcela negacionista da população em detrimento da saúde pública, uma atitude irresponsável que traz riscos desnecessários para a comunidade escolar e o conjunto da população”, criticam os educadores da educação básica.

O sindicato do professores afirma que é tempo de mudar de posição. “Em fevereiro, poderemos estar nos encaminhando para o pico da nova onda ou iniciando uma nova leva de contágios. Se aprendemos algo com os dois últimos anos de pandemia e quase 700 mil vidas perdidas, é que cautela nunca é demais.”

“O governo pode e deve fazer o seu papel de zelar pela vida e proteger nossos estudantes, trabalhadores e suas famílias. Passaporte sim!”, cobra a APP-Sindicato.