UFPR e UFRJ explicam efeitos negativos das fake news na pandemia do novo coronavírus

É só rolar a timeline que elas estarão lá, camufladas ou não. Seja no WhatsApp, no Twitter ou no Facebook, as fake news fazem parte do enorme fluxo de informações criado pela comunicação em rede, que é mediada pela tecnologia. Um estudo publicado na revista Science em 2018 pelo MIT Media Lab, dos Estados Unidos, mostra que durante momentos de crise, como em desastres naturais ou ataques terroristas, as notícias falsas são ainda mais letais para o bom andamento das situações. De acordo com pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em tempos de pandemia, esse efeito não é diferente.

Jornalista e doutoranda em Ciência Política pela UFPR, Rafaela Sinderski explica que determinadas características do ambiente digital, como a replicabilidade e o largo alcance de seus conteúdos, podem ampliar os danos desse tipo de comportamento. “A atitude mais responsável que podemos ter no momento é seguir as recomendações de organizações internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS)”.

Há uma série de orientações para quem quer evitar ser pego por uma fake news.

O Ministério da Saúde criou uma página oficial especialmente para desmentir notícias falsas que estiverem circulando sobre a Covid-19. Na página estão algumas das fake news mais conhecidas pelos internautas, como a alegação que tomar bebidas quentes mata o novo coronavírus ou que lavar as mãos com vinagre é mais eficiente do que o álcool em gel ou sabão.

Dependendo do tipo de informação divulgada, as fake news podem ser perigosas, mas essa estratégia não é recente. De acordo com o professor e coordenador do Grupo de Pesquisa de Comunicação Política e Opinião Pública (Cpop) da UFPR, Emerson Cervi, as fake news não são nenhuma novidade, sempre existiram conteúdos falsos ou suspeitos, principalmente na política. “Hoje, uma parte desses conteúdos é relacionada à saúde pública e outra parte é uma disputa por espaço político, independente da questão de saúde pública”, explica o professor do Programa de Pós-graduação em Comunicação e do Programa de Pós-graduação em Ciência Política da UFPR. Mesmo assim, as notícias falsas somente ganharam força e personalidade durante o desenvolvimento da comunicação em rede, atingindo alta velocidade de compartilhamento.

Para desviar das fake news, professores e pesquisadores apostam na abordagem interdisciplinar e interinstitucional. O cuidado ao repassar informações e a preferência por fontes confiáveis não bastam. Para Igor Sacramento, doutor em Comunicação e Cultura e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a interação entre todos os campos da ciência é fundamental para a produção do conhecimento em todas as áreas e as interfaces entre elas. “Temos visto nesse contexto de Covid-19 várias interações muito interessantes. Desde as Engenharias com a Biologia, com a Infectologia, com o Serviço Social, com a Antropologia, com a Enfermagem etc.”.

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O compartilhamento de fake news

Pesquisas realizadas pelo Cpop indicam que plataformas online, como as redes sociais, nem sempre abrigam discussões regidas por critérios democráticos. Ou seja, é comum que o diálogo seja substituído por manifestações de desrespeito e radicalização. A doutoranda Rafaela Sinderski explica que a internet possibilita que consumidores de informações também tenham a possibilidade de produzir conteúdos e de alcançar certa visibilidade com isso. “Nesse contexto, há mais espaço para diferentes discursos, mas também há maior possibilidade de proliferação de informações inverídicas”.

Essa dinâmica abre brecha para que as notícias falsas sejam produzidas e divulgadas em larga escala. “Em uma sociedade desigual, o acesso às informações também é desproporcional. Redes sociais como o WhatsApp ou o Facebook podem se tornar, para muitas pessoas, fontes centrais de informação sobre o que acontece no mundo. É importante verificarmos a procedência daquilo que compartilhamos. Afinal, nós somos, sim, responsáveis pelo conteúdo que passamos para frente”, ressalta a jornalista.

Pesquisador da interface entre saúde e comunicação na UFRJ, Sacramento destaca a importância do jornalismo como instrumento de defesa da democracia. Não como regime político, mas o acesso à saúde como direito democrático básico. “No contexto em particular da Covid-19, eu tenho observado que a postura do jornalismo mudou muito em relação à necessidade do fortalecimento e da importância do Sistema Único de Saúde (SUS). Mesmo em um momento em que os cortes de verba da educação e da ciência têm sido enormes, o jornalismo tem destacado a relevância das universidades e dos centros de pesquisa”, diz. Sacramento também afirma que não só os jornalistas mas também os cidadãos precisam enxergar o jornalismo como uma instituição social de defesa da saúde pública.

Lula cobra Maia pela abertura de impeachment de Bolsonaro

O ex-presidente Lula cobrou publicamente pela primeira vez, nesta quinta (14), que o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) abra o processo de impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido).

Para o petista, Rodrigo Maia precisava pegar uma das dezenas de pedidos de impeachment e colocar logo em votação.

De acordo com o último levantamento do Blog do Esmael, havia 31 pedidos de impeachment do presidente Bolsonaro protocolados na Câmara dos Deputados.

A despeito de Bolsonaro ser um recordista dos pedidos de impeachment, Maia não quer tratar do assunto enquanto não houver um sinal mais claro do Supremo Tribunal Federal (STF). “Acho que todos esses processos precisam ser pensados com muito cuidado”, diz o presidente da Câmara.

“O Bolsonaro trata esse país como se fosse a casa dele. Tem gente falando em prender ministro do STF em reunião. O país convivendo com paramilitares. O Rodrigo Maia precisava pegar uma das dezenas de pedidos de impeachment e colocar logo em votação”, argumenta o ex-presidente Lula.

A lista de motivos para afastar Bolsonaro continua, sob a batuta de Lula:

“Todo mundo sabia que o Bolsonaro não tinha nenhum respeito pela questão ambiental. Nem pelo Ibama, nem pelas ONGs… Ele quer invadir terra indígena e quilombo. A preservação ambiental tem que estar na frente de todas as políticas públicas criadas no Brasil.”

O ex-presidente Lula recordou hoje que nunca interferiu na Polícia Federal, no Ministério Público ou na Controladoria Geral da União (CGU). “Eu era presidente, mas sabia que o Brasil não era meu. Ainda era presidente e a PF invadiu a casa do meu irmão e não me intrometi, entendi que era irmão do Lula e não do presidente da República.”

Vaza lista com “ministério” de Hamilton Mourão

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), no aquecimento, disse com ar profético em abril de 2019, numa conferência nos Estados Unidos, que escolheria outras pessoas para trabalhar no governo, se fosse o presidente da República.

Pois bem, o mundo gira e a lusitana roda. E não é que o vice pode virar presidente?

A história joga a favor de Mourão. Somente três presidentes da República conseguiram concluir o mandato no Brasil: Juscelino Kubitschek, FHC e Lula.

“Quando ele toma uma decisão, eu acato”, disse o vice em relação ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), há um ano, durante o encerramento da Brazil Conference, nos EUA.

“Talvez pela minha personalidade, eu escolhesse outras pessoas para trabalhar comigo”, completou Hamilton Mourão, respondendo sobre possíveis mudanças na condução do país.

Dito isso, o Blog do Esmael divulga a lista com o possível ministério do governo Hamilton Mourão. Claro que falta combinar com os “russos”…

Confira a lista “vazada” com os ministeriáveis:

1. MINISTRO DE ESTADO CHEFE DA CASA CIVIL
General da reserva Carlos Alberto Santos Cruz

2. MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
Celso Antônio Três

3. MINISTRO DE ESTADO DA DEFESA
Aldo Rebelo

4. MINISTRO DE ESTADO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
Tilden José Santiago

5. MINISTRO DE ESTADO DA ECONOMIA
Bresser Pereira

6. MINISTRO DE ESTADO DA INFRAESTRUTURA
Tarcísio Freitas

7. MINISTRA DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
Blairo Maggi

8. MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Karine Silva dos Santos

9. MINISTRO DE ESTADO DA CIDADANIA
Rubens Bueno

10. MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE
Luiz Henrique Mandetta

11. MINISTRO DE ESTADO DE MINAS E ENERGIA
Luiz Antonio Rossafa

12. MINISTRO DE ESTADO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA,INOVAÇÕES E COMUNICAÇÕES
Romildo Dias Toledo Filho

13. MINISTRO DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE
Marina Silva

14. MINISTRO DE ESTADO DO TURISMO
Fábio Aguayo

15. MINISTRO DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Ciro Nogueira

16. MINISTRO DE ESTADO DA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO
Deltan Dallagnol

17. MINISTRA DE ESTADO DA MULHER, DA FAMÍLIA E DOS DIREITOS HUMANOS
Manuela D’Avila

18. MINISTRO DE ESTADO CHEFE DA SECRETARIA-GERAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Tenente-coronel Alexandre Lara de Oliveira

19. MINISTRO DE ESTADO CHEFE DA SECRETARIA DE GOVERNO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
General Girão ou Major Olímpio

20. MINISTRO DE ESTADO CHEFE DO GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
General da reserva Maynard Santa Rosa

21. ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Gustavo Guedes

22. PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL DO BRASIL
Eduardo Moreira