Motoristas do UBER resolveram se agarrar no “fio desencapado” chamado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), nesta segunda-feira (30), em Curitiba, durante protesto contra o projeto 28/2017, que regulamenta o transporte individual de passageiros.
O texto sobre os aplicativos como Uber e Cabify será votada esta semana no Senado. O Plenário aprovou a tramitação em regime de urgência para a matéria, na última semana. O projeto é o primeiro item da pauta e pode ser votado.
Na capital paranaense, o Movimento Brasil Livre (MBL) pegou carona na manifestação dos motoristas. Segundo os coordenadores do movimento, a regulamentação é culpa do PT, de Lula e de Dilma.
Evidentemente, ninguém deu bola para o MBL.
O UBER e afins são uma espécie de monopólio de transporte individual que concorre deslealmente com os táxis. O objetivo é quebrar a regulamentação para estabelecer sua supremacia, claro que maximizando o lucro do aplicativo escravizando os motoristas.
“É um monopólio de uma empresa estrangeira que cobra caro. Não tem preço definido por quilometro. Ele funciona sem preocupação com o custo real. Se há uma demanda maior, ele [aplicativo] dobra o preço. Se o UBER quebrar os táxis, ele vai fazer como fazem as companhias aéreas. Vão cobrar quanto quiserem”, disse o senador Roberto Requião (PMDB-PR).
O UBER foi proibido de operar em Londres pela Transport for London (TfL), agência que regula o transporte na capital inglesa, sob a alegação de que é a empresa do aplicativo é “inapta e inadequada” para manter a licença de operação na cidade.
Segundo a agência, houve falta de responsabilidade da empresa com “potenciais implicações de segurança e proteção pública”.
Assista à explicação de Requião:
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.