da Agência Estado
Os pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB usaram estruturas de comunicação das secretarias de Estado para tratar de assuntos relativos à s prévias do partido. Nos últimos quatro meses, assessores de comunicação utilizaram espaços físicos e telefones vinculados à s pastas dos pré-candidatos para abordar temas específicos da disputa tucana, marcada para março.
A questão sobre o uso das estruturas do Estado na pré-campanha veio à tona na semana passada, quando o Twitter da Secretaria de Cultura, administrada pelo pré-candidato Andrea Matarazzo, repassou mensagem com elogio ao tucano. A pasta disse que a conta na internet fora violada e pediu à polícia investigação.
Por orientação dos pré-candidatos, questões político-partidárias foram encaminhadas para assessores das pastas, que têm remuneração paga com recursos do Tesouro. A estrutura de comunicação da secretaria do Planejamento, tocada pelo presidente municipal da sigla, Julio Semeghini, também foi acionada para demandas sobre o PSDB.
Os números dos telefones dos assessores, por meio dos quais são respondidas informações institucionais das pastas, foram usados no horário comercial para marcar compromissos de pré-campanha de Matarazzo, Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aníbal (Energia). No caso da Secretaria de Meio Ambiente, o telefone é pessoal da assessora. Nos demais casos, o governo não disse de quem eram os celulares. E-mails sobre prévias também foram respondidos por assessores dentro das secretarias.
A Secretaria de Comunicação do Palácio dos Bandeirantes informou que nenhum funcionário está autorizado a fazer atividades para as quais não foi contratado.
No dia 27 de janeiro, o Estado ligou para o diretório municipal do partido e pediu pela assessoria de imprensa. Recebeu, então, a informação de que questões sobre a legenda eram tratadas pela comunicação da Secretaria do Planejamento. O número do celular da assessora foi informado.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.