Trump volta atrás e diz que só se encontraria com Maduro para discutir sua “saída pacífica do poder”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, parece que voltou atrás de sua declaração ao tuitar nesta segunda-feira (22) que só se encontraria com o colega venezuelano Nicolás Maduro “para discutir uma coisa: uma saída pacífica do poder”.

“Ao contrário da esquerda radical, sempre estarei contra o socialismo e com o povo da Venezuela”, jurou Trump. “Meu administrador sempre esteve do lado da LIBERDADE e da LIBERDADE e contra o regime opressivo de Maduro!”

Segundo o Twitter, “Eu só me encontraria com Maduro para discutir uma coisa: uma saída pacífica do poder!”

O diabo é que o mesmo Donald Trump, na sexta-feira (19), afirmou ao site Axios que consideraria conversar com Nicolás Maduro.

“Os comentários do presidente representam um retrocesso de sua entrevista com Jonathan Swan, do Axios, na semana passada, onde ele não estabeleceu tal pré-condição para uma reunião em Maduro e sugeriu que ele teve dúvidas sobre sua decisão de reconhecer Juan Guaidó como líder legítimo do país”, escreveu hoje Marisa Fernandez, do site Axios.

Economia

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O democrata Joe Biden abriu uma vantagem de 13 pontos sobre o presidente Donald Trump na última pesquisa Reuters/Ipsos. A disputa presidencial de novembro será pautada pelos efeitos da pandemia do novo coronavírus e também pela onda de protestos contra o racismo e a brutalidade policial, segundo indicam diversas sondagens.

Cerca de 48% dos pesquisados disseram que apoiariam Biden, o candidato democrata às eleições presidenciais de 3 de novembro. Outros 35% disseram que escolheriam Trump.

A vantagem de Biden sobre o atual ocupante da Casa Branca é a maior registrada pela sondagem Reuters/Ipsos desde que os democratas iniciaram este ano as eleições primárias para escolher o candidato do seu partido à corrida presidencial. Uma sondagem semelhante da CNN do início deste mês mostrou Biden com uma vantagem de 14 pontos sobre Trump entre os eleitores recenseados.

A sondagem Reuters/Ipsos mostra ainda que 57% dos adultos norte-americanos desaprovam o desempenho de Trump no cargo. Com apenas 38% de aprovação, é o patamar mais de aprovação obtido pelo atual presidente desde novembro quando o Congresso debatia um possível impeachment.

É um sério aviso para os republicanos num momento em que a população norte-americana é fustigada pela pandemia e o consequente colapso da economia marcada pela explosão social detonada pelo assassinato do negro George Floyd em Minneapolis no mês passado.

Na semana passada, movimentos, como o Black Lives Matter, ocuparam parte da região central de Seattle e criaram uma comuna em Capitol Hill, engrossando a onda de protestos contra o governo de Donald Trump.

*Com informações de agências internacionais