O presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, voltou a cogitar uma invasão militar à Venezuela com o apoio do Brasil.
A agressão ao país caribenho entrou no radar do mandatário americano nas vésperas da complicada campanha pela reeleição à Casa Branca, cuja votação se dará em 3 de novembro próximo.
A ideia de intervenção militar ganhou novo capítulo nesta quarta-feira (16) com o relatório de uma missão da ONU associando o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e os ministros mais importantes de seu governo estão vinculados a possíveis “crimes contra a humanidade”.
A presidente da comissão da ONU, Marta Valiñas, assegura em um comunicado que foram encontrados “motivos razoáveis para acreditar que as autoridades e as forças de segurança venezuelanas planejaram e executaram desde 2014 graves violações dos direitos humanos”.
“Longe de serem atos isolados, estes crimes foram coordenados e cometidos de acordo com as políticas do Estado, com o conhecimento ou o apoio direto dos comandantes e de altos funcionários do governo”, afirmou Valiñas, falando em nome da ONU.
O açulamento do presidente Donald Trump, que precisa de uma plataforma para vencer a eleição daqui a 50 dias, encontra terreno fértil no Brasil governado pelo submisso Jair Bolsonaro.
O governo brasileiro tem oscilando entre a extrema direita, o nacionalismo, e o populismo e a subserviência aos interesses dos Estados Unidos. A principal característica principal, no entanto, é a fraqueza e falta de rumo soberano.
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Cuba condena na ONU ataques à Venezuela
O representante de Cuba no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Lester Delgado, reiterou nesta quarta-feira a rejeição de seu país à politização e seletividade da questão dos direitos humanos e seu uso como instrumento de ataque contra alguns países.
Falando na 45ª sessão desse órgão, o diplomata cubano Lester Delgado indicou que o trabalho da Alta Comissária para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, e de seu escritório deve se concentrar na imparcialidade e universalidade.
“No seu trabalho, o combate à politização e à seletividade da matéria deve ser um objetivo e uma prioridade”, sublinhou Delgado no debate sobre a gestão da alta comissária e do gabinete que dirige.
O representante cubano repudiou as medidas coercitivas unilaterais contra a Venezuela e a Nicarágua e expressou a solidariedade invariável de Havana para com essas nações.
“Instamos o Alto Comissário a continuar os esforços para contribuir para o respeito, abordagem equilibrada, objetividade, diálogo e cooperação, que tanto este Conselho e a máquina de direitos humanos em geral carecem”, disse Delgado.
Cuba insistiu em seu compromisso com a promoção e proteção dos direitos humanos e questionou o uso continuado de uma narrativa manipulada e hipócrita ao abordar o assunto.
Ratificou também o seu apoio ao Alto Comissário e a um mandato baseado na promoção do diálogo e da cooperação.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.