Trump de volta ao Twitter após Elon Musk comprar parte da rede social?

O mundo político americano – e mundial – entrou em polvorosa com a possibilidade da volta do ex-presidente Donald Trump ao Twitter.

O republicano foi banido pela rede social depois que ele foi derrotado nas eleições presidenciais de 2020. Ele perdeu do democrata e atual presidente Joe Biden.

Trump ganhou no Twitter o cartão vermelho, de expulsão, em virtude dos atos violentos e invasão do Capitólio – o Congresso dos EUA – que culminaram com a morte de seis pessoas.

No entanto, a notícia de que Elon Musk comprou parte do Twitter virou um alento para os extremistas nos Estados Unidos.

Republicanos pedem abertamente para que Elon Musk restabeleça a conta de Trump no Twitter depois que o fundador da Tesla se tornou o maior acionista do microblog. Eles pedem o fim da censura política para a reintegração do ex-presidente Trump.

– O novo acionista majoritário devolverá a liberdade de expressão ao Twitter? – perguntou a republicana da Geórgia Marjorie Taylor Greene.

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– Exigirá coragem [porque] o regime está investindo pesadamente em uma determinada indústria e as ameaças, sem dúvida, virão. No entanto, a liberdade de expressão restaurada nos permitirá derrotá-los, disse a republicana.

O preço das ações do Twitter subiu 25 por cento depois que Musk comprou uma participação de 9,2 por cento na empresa, tornando-se o maior acionista, mas não detendo a maioria das ações.

De acordo com um documento da “Comissão de Segurança e Câmbio” publicado na segunda-feira, Musk possui 73.486.938 ações do Twitter. Com base no preço de fechamento da empresa na sexta-feira, a participação vale US$ 2,89 bilhões, informou a CNBC.

Musk, que tem mais de 80 milhões de seguidores no Twitter, fez a compra apenas algumas semanas depois de criticar a empresa por não aderir aos princípios da liberdade de expressão. Por isso os republicanos e seguidores de Trump ficaram açulados com a alvíssara.

– Agora que @ElonMusk é o maior acionista do Twitter, é hora de levantar a censura política – tuitou Lauren Boebert, deputada republicana do Colorado. “Ah… e tragam Trump de volta!”

O ex-presidente Donald Trump foi banido da plataforma após o motim do Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Ele lançou a nova plataforma de mídia social Truth Social no início deste ano.

A ex-secretária adjunta de assuntos públicos do Departamento do Tesouro durante o governo Trump, Monica Crowley, twittou: “Agora que @elonmusk é o maior acionista do Twitter, ele deve exigir o fim da censura política, reforma em toda a empresa e a reintegração do presidente. Trunfo.”

Errol Webber é um candidato republicano ao Congresso na Califórnia. Ele escreveu que Musk “é agora o maior acionista do Twitter. Hora de levar esta plataforma de volta à sua antiga glória. Primeiro passo – trazer de volta o presidente Trump! Passo dois – dê a todos que foram banidos uma segunda chance. Terceiro passo – acabar com todas as formas de censura política e outras”.

Ned Ryun, um ativista conservador, acrescentou: “Fascinante. Seria épico se Musk forçasse o Twitter a deixar Trump voltar, embora, para ser honesto, Trump possa não querer. Diluiria seu valor e poder com Truth Social.”

Trump tentou encorajar aqueles que o seguiram no Twitter a se juntarem ao Truth Social, mas a nova plataforma está cheia de problemas e foi recentemente ridicularizada por seus downloads em espiral apenas algumas semanas após o lançamento.

Quando foi lançado em fevereiro, os usuários disseram que o processo de inscrição não estava funcionando e que estavam presos em filas com centenas de milhares de outras pessoas à sua frente.

Dois executivos da Truth Social se demitiram após o início difícil para a plataforma, informou a Reuters na segunda-feira.

A pergunta de um milhão de dólares é a seguinte: Trump de volta ao Twitter após Elon Musk comprar parte da rede social?

A resposta é sim, a tendência é que o dono da Tesla e agora do Twitter afrouxe o “gancho” dado para Donald Trump com vistas às eleições de 2024.

Qual relação dessa informação com a questão eleitoral brasileira? Toda, pois o presidente Jair Bolsonaro (PL) se julga “Trump dos Trópicos” e eles têm uma sinergia política, que se traduz em troca de experiências na disseminação de notícias falsas [fake news] por meio do discurso do ódio.